O secretário-executivo de Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, que está no Rio de Janeiro para uma reunião de monitoramento da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), comentou sobre a recriação da Secretaria de Segurança Pública do estado do Rio pelo governador Cláudio Castro. O secretário-executivo participou do evento "Desafios e oportunidades nos Portos Brasileiros", na Fundação Getúlio Vargas (FGV), em Botafogo, na Zona Sul do Rio, na manhã desta terça-feira.
— É um avanço. É uma medida importante porque a chave do trabalho na Segurança Pública é a integração — disse Cappelli.
Com a recriação da pasta, os atuais secretários de Polícia Civil, Marcus Amin, e de Polícia Militar, Luiz Henrique Pires, serão exonerados dos cargos. Ambos serão mantidos na antiga estrutura, antes de o governo Wilson Witzel, em 2019, acabar com a Secretaria de Segurança. Amin passa a ser chefe de Polícia Civil, enquanto Pires assume como comandante-geral da PM. Cappelli comentou o fato de o Rio ter ficado sem o cargo por quatro anos:
— Ter uma secretaria para cada polícia não me parecia o mais (adequado). Se não me engano, o Rio era o único estado do Brasil que não tinha uma Secretaria de Segurança Pública.
O novo nomeado pelo governador Cláudio Castro é Victor César Carvalho dos Santos, que foi superintendente da PF no Distrito Federal — cargo para o qual foi indicado por Flávio Bolsonaro. Santos sugeriu que os golpistas presos em flagrante nos atos de 8 de janeiro por determinação do Supremo Tribunal Federal fossem enviados para prisão domiciliar. Ele foi exonerado no dia seguinte à declaração por Cappelli, que na época foi nomeado interventor da segurança pública do Distrito Federal.
Agora, o secretário-executivo terá contato direto com o novo secretário devido à GLO, medida válida até maio de 2024. Ao avaliar a escolha de Santos para o cargo, Cappelli disse:
— Escolher seus auxiliares é uma prerrogativa do governador. Não me cabe tecer comentários sobre quem ele escolhe ou não. O que nos pauta é a relação institucional. A gente não mistura.
Nesta terça, Cappelli participa, no Comando Naval, de uma reunião de monitoramento da GLO no Rio, mas ela não terá a presença do novo secretário.
— A GLO está se dando apenas nas áreas de atribuição federal. Basicamente, vamos fazer o monitoramento da questão dos portos de Rio e Itaguaí. Não tem efetivo de segurança do Rio nesta questão. Nossa relação institucional com o governo do Rio é boa, respeitosa — explica o secretário-executivo.
No Rio, a nova Secretaria de Segurança deve ter estrutura enxuta e três subsecretários. Está prevista, ainda, a criação de uma Corregedoria Unificada para atender recursos de policiais investigados. Cappelli avaliou a decisão:
— A Corregedoria serve para proteger o bom policial. A gente não pode confundir o erro de alguns com as instituições. Então, a corregedoria protege a instituição daqueles que eventualmente cometem desvios.
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