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Por O Globo — Rio de Janeiro

O banqueiro Aloysio de Andrade Faria, que era dono do terreno na Praia da Barra da Tijuca vendido pelas herdeiras por R$ 370 milhões, deixou para as cinco filhas uma fortuna avaliada em US$ 1,7 bilhão (equivalente a cerca de R$ 9 bilhões). Faria, que morreu em 2020 aos 99 anos era o mais velho da lista da revista Forbes e o terceiro mais idoso entre todos os bilionários. O montante arrecadado com o negócio, considerado o maior das duas últimas décadas no mercado imobiliário carioca, conforme noticiou no domingo o colunista do GLOBO Lauro Jardim, equivale a menos de meio por cento do que a família possui.

O empresário foi controlador do Banco Real até os anos 1990 e fundou o Conglomerado Alfa, que tem empresas nos ramos financeiro, hoteleiro, alimentício, agronegócio, aéreo e de mídia. No mundo dos negócios, era considerado um homem discreto. O comportamento lhe rendeu o apelido de "banqueiro invisível". Médico gastroenterologista de formação, herdou aos 28 anos o Banco da Lavoura, fundado em 1925 pelo pai, Clemente Faria, junto com o irmão Gilberto Faria. Aloysio dirigiu a instituição a partir dos anos 1940. Em 1972, o banco passou a se chamar Real.

Durante o período em que Faria comandou o Banco Real, a instituição financeira se tornou a quarta maior do segmento no país. Em 1998, o banqueiro vendeu o Real ao holandês ABN Anro por cerca de US$ 2,1 bilhões. O banco foi incorporado pelo Santander em 2007.

O terreno comprado por R$ 370 milhões fica ao lado do Golden Green — Foto: Reprodução
O terreno comprado por R$ 370 milhões fica ao lado do Golden Green — Foto: Reprodução

A área vendida pelas herdeiras foi comprada em 1989 pelo banqueiro para, originalmente, erguer ali um hotel da rede Transamérica. Cláudio Castro, da Sérgio Castro Imobiliária, informou que a intenção de vender o terreno foi manifestada inicialmente em 2012, quando o banqueiro Aloysio Faria ainda era vivo. O local deverá abrigar "um empreendimento residencial de altíssimo padrão".

O terreno faz esquina com a Avenida Peregrino Júnior, e fica próximo a um supermercado e ao Marina Barra Bella, um apart-hotel. A matrícula do registro de imóveis informa que a compra foi efetivada em abril deste ano, pela TGSJ, formada pela Tegra Incorporadora e pela Construtora São José.,

O discreto Faria sempre fez questão manter a família distante dos negócios e preferiu que a gestão das empresas fosse profissionalizada. Suas herdeiras Lucia, Junia, Flavia, Claudia e Eliana, cada uma com 20% dos negócios, inteiraram-se dos ativos do conglomerado antes de qualquer movimentação de investimento ou venda de empresas.

Lucia Faria e Aloysio — Foto: Reprodução Instagram
Lucia Faria e Aloysio — Foto: Reprodução Instagram

Lúcia de Campos Faria e Junia de Campos Faria Ziegelmeyer moram em São Paulo, Flávia Faria de Vasconcellos, no Rio de Janeiro, Cláudia Faria, em Nova York, e Eliana Faria, em Londres.

A caçula, Lúcia de Campos Faria era dona do restaurante Alucci Alucci, que fechou as portas em julho de 2017, depois de 14 anos de funcionamento. Também é autora dos livros de culinária "Banquete dos sentidos". Ela foi casada com o economista Carlos Nascimento, que trabalhou no conglomerado por 20 anos.

Flávia Faria de Vasconcellos mora no Rio de Janeiro, onde fundou a loja Babuska, que era a versão carioca da marca de sorvetes do grupo, o La Basque. É autora do livro "Babuska: um sonho de sorvete".

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