Sonar - A Escuta das Redes
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Um mergulho nas redes sociais para jogar luz sobre a política na internet.

Informações da coluna
Por — Rio de Janeiro

A presidente nacional do Partidos dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, afirmou na noite desta terça-feira que irá acionar a Justiça contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). O comunicado ocorreu horas após o parlamentar ter feito postagens que associavam o assassinato da vereadora Marielle Franco ao PT.

"A turma do Bolsonaro nem esperou a Justiça validar a delação do assassino de Marielle e Anderson pra espalhar mentiras contra o PT. É nojenta a fakenews do bolsonarista Nikolas e ele terá de responder por mais este crime(...) O mandante desse crime, seja quem for, tem de pagar", escreveu a presidente do PT.

Ao longo desta terça-feira, o deputado fez uma série de postagens sobre o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão. Entre os investigados conhecidos, ele é o único com foro privilegiado. Atualmente, a homologação da delação premiada é negociada com o Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Neste contexto, Nikolas Ferreira publicou imagens de Brazão com material de campanha da ex-presidente Dilma Rousseff, no intuito de associá-lo ao PT. Antes de ser conselheiro, o político foi filiado ao PL, PTdoB e MDB.

"'Quem mandou matar a Marielle?' é finalmente respondido. Que a justiça seja feita contra o mandante petista, Domingos Brazão", escreveu o parlamentar, sem aguardar a conclusão do caso.

Em outra publicação, Nikolas respondeu Gleisi, indiretamente: "O cara que tem foto com adesivo no peito da Dilma e o vice presidente do PT diz que ele esteve em várias campanhas eleitorais juntos, não pode ser chamado de petista. Mas o Bolsonaro podia ser chamado de mandante da morte da Marielle durante anos. Aham, senta lá", escreveu.

Domingos Brazão, por sua vez, nega qualquer envolvimento com o assassinato. Nesta terça-feira, em entrevista ao GLOBO, o conselheiro desafiou as autoridades policiais a encontrarem ligações entre ele e o assassinato da vereadora.

— Não tem nada mais forte que a verdade. Esse golpe foi abaixo da linha de cintura. É algo que desgasta. Fui investigado pela Polícia Civil, pela PF e pelo Ministério Público. Não acharam nada. Por que protegeriam o Domingos Brazão? Que servidor público colocaria em risco sua carreira para me proteger? Eu desafio acharem algo contra mim — afirmou.

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