Rio
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Por — Rio de Janeiro

Palco de grandes eventos internacionais nos últimos anos, o Rio já está na contagem regressiva para a realização, em novembro, do G20, que reúne as 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e, a partir deste ano, a União Africana. Participarão também oito países convidados e 15 organismos internacionais — entre os quais FMI e Banco Mundial.

Como país anfitrião, o Brasil está fechando os últimos detalhes do encontro. Mas alguns pontos já estão definidos: com a concentração de chefes de Estado na cidade, como o presidente americano Joe Biden e o russo Vladimir Putin, O GLOBO apurou com fontes junto à União que o rigoroso esquema de segurança incluirá a criação de zonas de exclusão aérea no entorno do Museu de Arte Moderna (MAM), onde será a Cúpula de Líderes (nos dias 18 e 19 de novembro), com o possível bloqueio do Aeroporto Santos Dumont e reforços de agentes da PF.

Feriado na cidade

O número de policiais e a participação das Forças Armadas no esquema ainda não foram definidos. O que já se sabe é que, para reduzir a circulação na cidade, a prefeitura decidiu decretar feriados locais nos dias 18 (segunda-feira) e 19 (terça-feira) — estendendo o “folgão” de 15 (Dia da República) até 20 (Consciência Negra) de novembro.

Nesta reunião, a expectativa gira em torno do possível encontro do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, que tem sido o interlocutor de Putin desde que seu país invadiu a Ucrânia em 2022.

— Na prática, teremos um grande evento-teste já em fevereiro. Nos dias 22 e 23, na Marina da Glória, haverá o encontro dos chanceleres do G20 — explica o diplomata Carlos Villanova, coordenador nacional de logística do evento.

— Em novembro, a estrutura será maior. O MAM vai concentrar os encontros dos chefes de estado. O comitê de imprensa ficará no Vivo Rio, enquanto que na Marina da Glória montaremos escritórios de apoio para as delegações — diz Villanova.

Dentro dos preparativos, alguns detalhes repetem o que aconteceu na Olimpíada e na Copa. Fontes do governo contam que já se intensificaram os contatos entre agências de inteligência para se antecipar a possíveis ameaças terroristas. Uma das preocupações é monitorar o acesso de estrangeiros nos próximos meses pela Tríplice Fronteira (Brasil, Paraguai e Uruguai), em Foz do Iguaçu.

No Rio, o secretário de Segurança Pública, Victor Cesar Carvalho dos Santos, disse que os efetivos já foram dimensionados tanto para os eventos preparatórios quanto para as reuniões de cúpula. A PM, por exemplo, vai reforçar o patrulhamento no entorno dos hotéis onde ficarão hospedadas as delegações e participarão dos comboios dos deslocamentos das comitivas pelo Rio. Apesar da existência de várias comunidades em suas margens, a Linha Vermelha será uma das vias utilizadas.

— É a rota mais natural entre o Tom Jobim e os hotéis. Sempre foi usada nos grandes eventos. Nunca foi um problema. Como em qualquer via, só deve ser evitada se for em horários do rush — afirma.

As atividades do G-20 se concentrarão no Parque do Flamengo (agendas oficiais) e na Zona Portuária, onde representantes da sociedade civil debaterão no Museu do Amanhã e nos armazéns temas como meio ambiente, juventude e desenvolvimento sustentável já a partir de 15 de novembro. Os resultados desses encontros serão apresentados como sugestões à cúpula dos chefes de estado.

Haverá ainda recepções e eventos no Palácio do Itamaraty, no Centro, que está sendo reformado, e na Casa Firjan, em Botafogo. No caso das hospedagens, houve um acordo com a rede hoteleira sobre tarifas, mas caberá a cada delegação solicitar reservas e dimensionar a quantidade de quartos que precisará.

O G20 foi criado em 1999 para discutir a economia global, acordos de livre comércio e meios de se buscar o equilíbrio da economia mundial com a crescente globalização. Inicialmente era restrito aos ministros das finanças e diretores dos Bancos Centrais, mas, a partir da crise financeira de 2008, os chefes de Estado e de Governo assumiram a liderança das discussões.

Aquecimento global

No caso do Brasil, o presidente Lula estabeleceu como prioridades debater o combate às desigualdades, a transição energética e a reforma dos sistemas de governança global.

— Nessa parte, há dois grupos de trabalho: uma que trata de finanças e outro de 15 temas de interesse geral dos países (incluindo Saúde, Sustentabilidade, Transportes, medidas anticorrupção e empoderamento feminino) — diz Bruno Costa, subsecretário da comissão estadual do G-20.

Os encontros permitem também que outras esferas de governo dos países e a sociedade civil façam suas propostas em diferentes áreas. No Rio, serão 13 temas em discussão, seja nos encontros de novembro ou em reuniões preparatórias. Assuntos como economia criativa e o papel das supremas cortes estarão em pauta.

— Um desses grupos que interessa em especial à prefeitura do Rio é o Urban 20 (U20), que desde 2017 está debatendo temas de interesse das grandes metrópoles. As cidades costeiras defenderão que o G20 apoie demandas como a que o Banco Mundial tenha uma linha de crédito para enfrentar os efeitos do aquecimento global. Há outros temas que serão discutidos, que são de interesse em comum, como saneamento e transportes — disse Lucas Padilha, presidente do Comitê Rio G20, da prefeitura.

Um dos desdobramentos das discussões iniciadas em 2017 é a criação dos chamados ‘‘orçamentos climáticos’’. Ou seja, dotar as cidades com recursos exclusivos para enfrentar o aquecimento global.

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