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Por — Rio de Janeiro

Um esquema especial — e com reforço — de segurança foi montado para a recepção das 47 delegações internacionais que participam do primeiro dia de reunião de chanceleres do G20 realizada, nesta quarta-feira, na Marina da Glória.

Mais de mil agentes, entre homens e mulheres, das polícias Federal, Militar e Rodoviária Federal foram designados para ação de segurança e escolta. O efetivo ainda conta com equipes da Guarda Municipal, Marinha, Exército e Aeronáutica, que atuam no reforço dos 4.000 m² de área construída especialmente para o evento no pavilhão da Marina.

O patrulhamento foi reforçado desde o entorno dos hotéis onde estão hospedadas as delegações até o local do evento, isto é, em trechos de Copacabana até o Aterro do Flamengo, na Zona Sul da cidade. Ao menos dez comboios da PM e da PRF atuam no deslocamento das comitivas pelo Rio. Um enorme gradeado com mais de cinco quilômetros de extensão também foi colocado do entorno da Marina. A cidade está com esquema especial de trânsito desde o início da tarde de terça-feira, que segue até quinta. O Exército tem 48 militares atuando como batedores. A Aeronáutica cuida da segurança aérea.

Já a Polícia Federal dividiu a equipe em dois grupos: o primeiro, com 300 agentes, de terno e gravata, vai atuar de forma direta no deslocamento e escolta das autoridades. O outro, com 200 policiais federais uniformizados, incluindo a equipe da inteligência, ficará de apoio para eventuais contratempos. Além disso, a PF, em conjunto com embarcações da Marinha e da Guarda Municipal, também realizará revistas com cães farejadores e patrulhamento marítimo com quatro lanchas blindadas e atiradores de elite que fazem.

A Aeronáutica colocou um grupo de paraquedistas na orla da Praia do Flamengo, próximo ao local do evento.

Segundo apurou O GLOBO, para cuidar da segurança dos chefes de Estado durante a passagem pela cidade, algumas zonas aéreas também serão proibidas ou restringidas para voo no entorno do Museu de Arte Moderna (MAM), onde será a Cúpula de Líderes, nos dias 18 e 19 de novembro. Também haverá a possibilidade de bloqueio do Aeroporto Santos Dumont e reforços de agentes da Polícia Federal.

Reforço na segurança para encontro do G20 no Rio de Janeiro conta com embarcações blindadas — Foto: Hermes de Paula/Agência O Globo
Reforço na segurança para encontro do G20 no Rio de Janeiro conta com embarcações blindadas — Foto: Hermes de Paula/Agência O Globo

A operação da PRF colocou 200 motociclistas percorrendo a Zona Sul, atuando na escolta, além de 40 policiais nas equipes de Atendimento Pré-Hospitalar (APH), logística, operações aéreas e policiamento.

A Secretaria de Ordem Pública e a Guarda Municipal montaram um esquema com 150 agentes. A ação teve início às 7h de terça-feira e continua até o término do evento na Marina da Glória.

As equipes atuam em áreas de estacionamento criadas pela CET-Rio em alguns bairros da Zona Sul, além dos aeroportos. Os agentes também estão na fiscalização e nos bloqueios de trânsito para facilitar o deslocamento das autoridades.

As comitivas dos 19 países, com média de 10 integrantes, estão hospedadas na Zona Sul para facilitar o deslocamento até a Marina. No primeiro dia, nesta quarta-feira, a reunião é realizada entre 14h e 18h30. Na quinta, os debates ocorrem entre 8h e 13h, mantendo o mesmo esquema de policiamento.

Ciclovia interditada

Parte da ciclovia do Aterro do Flamengo que beira a entrada do Museu de Arte Moderna, próximo ao posto da Praia do Flamengo, foi interditado pela ação federal. Alguns banhistas e ciclistas que passavam pelo local reclamam do bloqueio temporário, alegando que não foi comunicado o fechamento da via.

Todos os dias, a empresária Caroline Forgaça, que mora em Copacabana e percorre sete quilômetros, cerca de 40 minutos, até a Lapa para levar o filho ao curso, passa neste trecho da Marina da Glória. Ela, hoje, foi surpreendida com a interdição da via e reclamou da falta de comunicado no entorno da orla.

— Isso é um absurdo. A ciclovia está interditada e não houve um comunicado sobre ficar interditada. Houve um comunicado falando sobre o fechamento de algumas ruas por conta do evento. Eu não posso atravessar o Aterro de bicicleta. Estou impedida de levar meu filho no curso. Ele vai chegar atrasado. Vou ter que percorrer um trecho a pé para passar por cima da grade e atravessar a ciclovia — reclamou a empresária.

Chegar ao local de trabalho nesta quarta-feira foi um desafio também para Ana Claudia Santos, funcionária do quiosque Orla, na Praia do Flamengo. Ela teve que deixar a moto na Praça do Russel, na Glória, e voltar andando até o quiosque.

— É uma situação chata. Entendo que está ocorrendo o evento, mas eles não avisaram que isso afetaria tanto a vida de quem passa aqui todos os dias ou até mesmo trabalha aqui no local — lamentou a jovem.

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