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Por e — Rio de Janeiro

Durante a investigação da execução do advogado Rodrigo Marinho Crespo, a Polícia Civil chegou a uma locadora de automóveis, estabelecimento na Taquara em que os agentes encontraram fichas de aluguéis atribuídas ao policial militar Leandro Machado da Silva, que tem um mandado de prisão temporária contra ele. Conforme explicado em entrevista coletiva, concedida pelo secretário de Polícia Civil Marcus Amim, acompanhado de delegados do setor de Homicídios, em meio a esses documentos, foi identificada uma ligação do PM com Vinícius Drumond, vice-presidente da Imperatriz Leopoldinense.

— Havia uma pasta específica do policial militar "Machado" (Leandro Machado da Silva), com uma série de veículos que foram alugados ali, no passado, ano retrasado... ele já fazia esse aluguel cotidianamente com essa locadora. Dentro dessa pasta, do Machado, havia vários veículos relacionados ao Vinícius Drumond — detalha o delegado Felipe Curi, à frente do departamento de Homicídios da Polícia Civil.

O policial Leandro é segurança de Vinícius, filho do contraventor Luiz Pacheco Drumond, que morreu em 2020. Atualmente, o herdeiro do bicheiro é vice-presidente da Imperatriz, escola de samba da qual seu pai era patrono. Além da "ligação muito próxima" entre Leandro e Vinícius, outro elemento motivou a Polícia Civil a pedir à Justiça para realizar busca e apreensão na casa de Vinícius.

Quando o dono da locadora foi levado à Delegacia de Homicídios para prestar depoimento, Vinícius Drumond "ficava ligando insistentemente" para o seu telefone, durante a oitiva, conforme informado durante a coletiva.

— Havia indícios, no entendimento das autoridades que conduziram o inquérito policial, de que ele (Vinícius Drumond) poderia estar, de alguma forma, envolvido com aquelas pessoas no período da execução — explicou Marcus Amim, justificando o pedido da polícia por um mandado de busca e apreensão contra o vice-presidente da Imperatriz, o que não foi deferido pela Justiça.

Em nota à imprensa, o advogado de Vinícius Drumond, Carlos Lube, afirmou que "nunca, jamais, em tempo algum" seu cliente manteve vínculo profissional ou pessoal com Leandro Machado da Silva. O posicionamento diz ainda que Vinícius "sequer conhece o policial".

"Não por outro motivo, o próprio Juízo de Plantão do TJRJ indeferiu pedido de busca e apreensão contra ele, sob o fundamento de “inexistir nos autos elementos concretos acerca da ligação de Vinicius Pereira Drumond com o homicídio investigado”, diz a nota. O posicionamento ainda "rechaça veementemente" suposições de ligação entre o vice-presidente da Imperatriz com o crime, e conclui que Vinicius está à disposição para colaborar com a investigação.

Quem são os procurados?

Leandro Machado da Silva, de 39 anos, é policial militar lotado no 15º BPM (Duque de Caxias), mas que está afastado das ruas por já responder a outro inquérito por participação em organização criminosa, chegando a ser preso preventivamente em abril de 2021, conforme informou a PM. Ele é alvo de mandado de prisão temporária no caso do advogado morto apontado como o responsável por dar suporte logístico, como o aluguel de carro, para o crime.

A Polícia Civil tenta ainda "entender verdadeiramente" quem é Eduardo Sobreira Moraes, apontado como responsável por monitorar os passos do advogado assassinato.

— Nem os familiares mais próximos, segundo nos foi relatado por eles, saberiam dizer com o que ele trabalhava. (Eduardo) Dizia que trabalhava com alguém de muito poder econômico, de muito dinheiro. O que temos de objetivo neste momento é que ele já trabalhou como segurança de uma determinada escola de samba, e que atualmente estaria trabalhando com uma pessoa ligada à política — explicou o delegado Romulo Assis, presidente desse inquérito.

Em depoimento à polícia, uma testemunha detalha que Eduardo diz ser segurança da Portela há "pelo menos 6 anos", e que trabalha também como motorista de aplicativo. Procurada, a agremiação informa que Eduardo "não teve qualquer relação com a agremiação" no período da atual gestão (eleita em 2022).

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