Rio
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Por — Rio de Janeiro

A Polícia Civil realizou, na manhã desta terça-feira, operação relacionada às investigações sobre o assassinato do advogado Rodrigo Marinho Crespo, de 42 anos, foi morto a tiros no dia 26 de fevereiro em plena luz do dia na movimentada Avenida Marechal Câmara, no Centro do Rio, a poucos metros da sede da OAB-RJ e do Ministério Público. Um dos alvos foi Adilson Oliveira Coutinho Filho, o contraventor Adilsinho. Na ação, um policial militar foi preso e outros três PMs também estão na mira dos agentes. Todos são ligados ao 15º BPM (Duque de Caxias). A cidade, na Baixada Fluminense, é apontada como área de atuação de Adilsinho, que seria o líder de organização criminosa envolvida na exploração de jogos e no comércio ilegal de cigarros. As investigações mostram ainda que o contraventor era cliente da locadora onde foi alugado o carro usado para monitorar a vítima.

Na operação, que teve apoio da Corregedoria da Polícia Militar, foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a dez pessoas investigadas por fazer parte da quadrilha que seria responsável pela execução. Na operação, foram apreendidos um fuzil, uma carabina, três pistolas, munições, celulares, computadores, carregadores e R$ 47, 5 mil em espécie. Os policiais estiveram também no escritório onde a vítima trabalhava para ter acesso a um computador usado por Crespo que não havia sido entregue às autoridades após o crime. De acordo com os investigadores, há indícios que o grupo responsável pelo assassinato seria chefiado Adilsinho.

Advogado executado no Centro do Rio foi alvo de pelo menos 18 disparos

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Três pessoas já estão presas por suposto envolvimento no crime: o PM Leandro Machado da Silva que se apresentou na sede da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio e segundo a polícia, teria sido o responsável pela logística do crime, ao contratar dois carros alugados utilizados na vigilância e execução da vítima. Outro detido é Cezar Daniel Mondego de Souza, suspeito de ajudar a monitorar os passos de Crespo. Ele foi preso numa ação da Polícia Civil. O último identificado é Eduardo Sobreira Moraes, que teria seguido o advogado no dia do assassinato. Ele também se apresentou na DHC.

Conforme revelado pelo blog Segredos do Crime, da jornalista Vera Araújo, a investigação do assassinato do advogado Rodrigo Crespo trouxe à tona uma intrincada rede de ligações perigosas. Ao chegar ao cabo da Polícia Militar Leandro Machado da Silva, de 39 anos, como o responsável por coordenar a execução da vítima, a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) acabou por descobrir um vínculo do policial com Vinicius Pereira Drumond — herdeiro do bicheiro Luiz Pacheco Drumond, que morreu devido a um AVC, em 2020 — e o contraventor Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho. Vinicius, Adilsinho e o bicheiro Rogério Andrade são conhecidos no universo da contravenção como "Santíssima Trindade".

Cezar Daniel Mondego trabalhava era nome em cargo comissionado Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e pediu exoneração três dias após o crime. Em seu lugar foi nomeado Eduardo Sobreira, também apontado como suspeito pelo assassinato. A Alerj informou à época que ele não chegou a tomar posse e teve a nomeação anulada. Sobre Cezar Daniel, a Alerj afirma que ele segue exonerado e o cargo está vago.

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