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Por e — Rio de Janeiro

A simpatia da socialite Regina Gonçalves deixava os corredores do edifício Chopin — famoso por suas festa de fim de ano, em Copacabana — mais iluminados, contam seus vizinhos. No entanto, os moradores mais antigos, que compartilham os espaços em comum como se fossem de uma só família, vêm sentido sua falta desde o fim do ano passado. O sumiço dela fez com que a ex-deputada estadual e empresária Alice Tamborindeguy, lançasse uma pergunta em suas redes sociais: "Quero muito saber cadê a Regina". Logo surgiu a notícia de que a socialite teria sido vítima do golpe de um motorista que levou da idosa dinheiro, joias e objetos de valor.

A pergunta ecoou e foi publicada na coluna da jornalista Lu Lacerda (@lulacerdaoficial), nesta quinta-feira (19/04). Ao GLOBO, Tamborindeguy disse que Regina, atualmente com 88 anos, é uma "pessoa de alma elegante". Além de dócil, representa a alta sociedade, com acessórios, principalmente os óculos, chiques e sempre na moda. A mãe da ex-deputada, Alice — que morreu há 10 anos —, era amiga e vizinha de Regina.

— Regina e minha mãe conversavam bastante. Regina sempre recebia bem os amigos, uma pessoa muito social e agradável. Era comum vê-la com o motorista, saindo de carro. De repente, ela sumiu, ninguém soube mais dela. Parece que a família a blindou. Perdemos o contato do telefone dela. Ficamos com medo aqui no prédio de que algo acontecesse com ela. Rogo a Deus que ela esteja bem. O Chopin é uma família, por isso a nossa preocupação — disse a empresária.

Outros moradores do Chopin demonstraram o mesmo anseio por notícias de Regina. A síndica do edifício, Marina Felfeli, teve a notícia de que ela estaria na casa de um irmão. Regina é viúva de Nestor Gonçalves, dono dos baralhos Copag. Além de empresário, Nestor era fazendeiro. Como o casal não teve filhos, Nestor deixou de herança para a viúva, além do apartamento no Chopin, outros imóveis, como uma fazenda em Angra dos Reis, numa área de 20 mil metros quadrados.

O GLOBO conseguiu falar com o empresário João Chamarelli, que disse estar autorizado pela família de Regina a dar entrevistas sobre o caso. Ele confirmou que a socialite fora vítima de um golpe do motorista, que a mantinha em cárcere privado, mas ela conseguiu escapar, após um descuido dele. Segundo Chamarelli, o caso foi registrado na polícia e o inquérito corre em segredo de justiça.

— Ela está se recuperando gradativamente, ficando bem disposta. Está com a família, na casa do irmão em Copacabana, com a cunhada e o sobrinho. Ela havia perdido muitos quilos. Conseguiu fugir dele no Edifício Chopin, por um descuido. Ele se distraiu, ela desceu, conseguiu abrir o elevador e fugiu para a casa desse irmão em Copacabana — contou Chamarelli.

Perguntado sobre o que foi levado da viúva, o empresário respondeu que estava sendo feito um inventário do material roubado:

— Realmente, é um contexto complexo. Os cofres da casa foram arrombados, mais de cinco. Ela tinha uma coleção de joias. Houve a venda de uma das mansões na Rua Capuri, em São Conrado, local de alto padrão. Inclusive, a principal mansão, onde tem a nascente de água que fornece para todo o condomínio.

Chamarelli relatou que os amigos perderam o contato com Regina, porque o motorista a "blindou gradativamente":

— De repente, não conseguíamos falar com ela pelo telefone fixo. Era só no celular dele. Depois, nem no celular dele. Ninguém imaginava que isso poderia acontecer ali. Aquele edifício é quase um anexo do Copacabana (Palace). A atenção fica por ali. Nunca passou pela nossa cabeça que alguém teria a ousadia de praticar níveis de assédio e violência num local tão observado.

Depois que conseguiu escapar do suposto cárcere, contou Chamarelli, ela detalhou à família o que aconteceu. Segundo o amigo, o motorista virou uma espécie de mordomo, de faz tudo. Após ganhar confiança de Regina, foi dispensando os funcionários mais antigos, alegando que a casa não precisava de uma equipe tão grande.

— Até que ela se deu conta que não tinha mais ninguém: só ela e ele. Ela lembra e relata os episódios, das pequenas, médias e grandes maldades — disse ele, ressaltando que, quando ela se sentir melhor, contará os detalhes. — A partir da próxima semana, a família e ela mesmo vão começar a preparar e limpar o apartamento. Foi feita uma vistoria. Ela vai fazer uma pequena recepção, para familiares e pouquíssimos amigos. O pior já passou, é uma fase de superação e a família confia plenamente na justiça. — disse o empresário amigo.

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