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Por O Globo — Rio de Janeiro

O Ministério Público do Rio (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadora de Segurança e Inteligência (CSI) e a 25ª DP (Engenho Novo) cumpriram, na manhã desta quinta-feira, 11 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a três pessoas investigadas por furto, lavagem de dinheiro e associação criminosa. De acordo com as investigações, os criminosos alugavam carros de luxo por um curto período, acoplavam um rastreador no automóvel, clonavam a chave e, após a devolução à locadora, rastreavam o carro e o furtavam, com o uso da chave clonada. Ninguém foi preso e não foram realizadas apreensões.

A investigação começou em setembro de 2023, a partir da prisão em flagrante de duas pessoas por furto de automóvel da locadora Localiza, baseada no estacionamento de uma rede de lojas, em Del Castilho, na Zona Norte do Rio. A apuração revelou que os carros eram vendidos em grupos de WhatsApp por valores entre R$ 8 mil e R$ 11 mil. Segundo o inquérito, a Localiza informou que calcula um prejuízo de R$ 1 milhão com o esquema criminoso. Em nota, a empresa esclarece que está cooperando com as autoridades responsáveis pela investigação dos fatos.

— As investigações evidenciam que o prejuízo teria chegado a um milhão de reais por serem carros de alto padrão. Esses indivíduos supostamente alugariam esses veículos, tirariam cópias das chaves e instalariam rastreadores. E então devolveriam esses veículos. E quando esses veículos estavam sendo utilizados por outras pessoas, no momento oportuno, com a cópia da chave eles subtraíam esses veículos, clonavam e revendiam — disse o delegado Marcos André Buss, titular da 25ª DP.

De acordo com ele, a investigação aponta que os valores pelos quais os carros eram anunciados eram muito abaixo dos de mercado. Buss disse ainda que a quadrilha agia há pelo menos um ano:

— Quando as investigações começaram, eles já estavam fazendo isso havia algum tempo.

Sobre quantos carros a quadrilha já teria furtado, o delegado disse não ter como cravar um número. O prejuízo ele estima com base nas informações repassadas pela Localiza. Segundo o delegado, a ação desta quinta teve como objetivo arrecadar elementos para dar prosseguimento à investigação e, assim, identificar não apenas todas as pessoas envolvidas diretamente com os furtos dos automóveis e a clonagem deles, como também os receptadores — a demanda desses veículos é o que gera o crime inicial.

Os mandados expedidos pelo Juízo da 16ª Vara Criminal da Comarca da Capital foram cumpridos em endereços de São Gonçalo, na Região Metropolitana, Nova Iguaçu e Nilópolis, na Baixada Fluminense, e em cinco bairros da capital — Praça Seca, Anchieta, Bento Ribeiro, Pavuna (Complexo do Chapadão) e Ricardo de Albuquerque.

Equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) deram apoio à ação. Os agentes estiveram no Chapadão, onde funciona a oficina de clonagem do bando.

Como o bando age

De acordo com a investigação, os carros eram alugados pelos bandidos por um curto período — o suficiente para clonar a chave e esconder o rastreador embaixo da lataria. Depois que os veículos eram devolvidos e novamente alugados por outra pessoa, a quadrilha ativava o rastreador e realizava os furtos.

Para o presidente do Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado do Rio de Janeiro, Daniel Bittencourt, esse tipo de ação é sofisticada e arriscada:

—Mesmo que ele alugue um carro e faça cópia da chave, ele tem que encontrar o próprio carro. E chegar ao ponto de colocar um rastreador, dá um certo trabalho.

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