Região da Zona Sul do Rio onde personal foi atacado por bandidos teve aumento de 78% no índice de roubo de celular

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No total, em março de 2024, foram registrados 50 roubos de celulares. Já no mesmo mês do ano anterior foram apenas 28. A estatística do ISP também revela aumento deste tipo de crime nos três primeiros meses deste ano. Entre janeiro e março, houve 160 registros, contra 110 do mesmo período de 2023. A comparação mostra um acréscimo de 45,5% na incidência do mesmo delito. Quem mora no bairro confirma que assaltantes têm atuado com mais frequência na região. Nesta segunda-feira, enquanto uma equipe da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) esteve na esquina da Praia do Flamengo com a Rua Buarque de Macedo, no Flamengo, em busca de câmeras de segurança que possam ter flagrado o assalto contra personal trainer, uma moradora aceitou falar com o Globo. Pedindo para não ser identificada, ela relatou ter sido assaltada duas vezes no bairro em menos de um mês e que teve um prejuízo de cerca de R$ 15 mil.

— O Flamengo está perigoso. No sábado de aleluia fui assaltada por um rapaz em uma motocicleta. Ele parou ao meu lado e pegou o meu celular. Isso foi aqui na Praia do Flamengo, por volta das 20h. Comprei outro, um modelo novo, mas no início de maio fui assaltada novamente, desta vez por um cara que estava em uma bicicleta, na Senador Vergueiro. A gente não pode sair com mais nada na rua — desabafou a moradora.

Ela não foi a única a reclamar. Um morador que costuma sair de casa diariamente, por volta das 6h, disse que nesse horário as ruas estão vazias, o que torna o local perigoso.

— Nesse horário está sempre deserto. Aqui às 6h é tudo ermo. Fim de semana, então, fica pior — disse, lembrando que o personal trainer foi baleado na região exatamente num domingo.

Nesta segunda-feira, menos de 24 horas após o crime, uma patrulha da PM estava posicionada na Praia do Flamengo, próximo a uma passagem de pedestres, e na pista oposta onde o personal trainer foi atacado por assaltantes no domingo.

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Informações prestadas por testemunhas revelam que Luís Felipe Alves do Nascimento e a namorada estavam em um luau, momentos antes do crime acontecer. Pouco depois, já por volta das 5h50, o casal estava próximo a um ponto de ônibus, na pista do meio da Praia do Flamengo, no sentido Botafogo, a espera de um carro de aplicativo, quando dois homens em uma motocicleta se aproximaram e anunciaram o roubo. A abordagem ocorreu na altura do número 140.

Um dos bandidos teria exigido que a namorada de Luís entregasse o telefone celular. A mulher respondeu que não tinha aparelho algum, o que teria irritado o assaltante. O personal, então, tentou interferir e acabou sendo baleado. Luís Felipe foi atingido no pescoço e na barriga. Segundo informações recebidas pela família, uma das balas chegou a ficar alojada no intestino do rapaz. Levado para o Hospital Miguel Couto, na Gávea, ele não resistiu e morreu.

Procurada, a Polícia Civil informou que o caso foi transferido da 9ªDP para a Delegacia de Homicídios da Capital. A especializada tenta identificar os dois homens envolvidos na morte do personal trainer.

Também procurada, a Polícia Militar disse que o combate aos roubos e furtos do patrimônio público e privado tem sido uma das principais metas de atuação. Segundo a PM, o comando do 2° BPM está atento à movimentação na região e está readequando a estratégia de policiamento no perímetro, empregando viaturas e motopatrulhas, além do reforço que conta o apoio de agentes do Regime Adicional de Serviço (RAS) e de equipes do programa Segurança Presente. E que a unidade vem trabalhando de forma conjunta com as delegacias da Polícia Civil para identificar e prender os criminosos envolvidos em tais delitos.

A seguir, a íntegra da nota: ""A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar ressalta que o combate aos roubos e furtos do patrimônio público e privado tem sido uma das principais metas de atuação do comando da corporação desde o ano passado. O comando do 2° BPM está atento à movimentação na região e está readequando a estratégia de policiamento no perímetro, empregando viaturas e motopatrulhas, além do reforço que conta o apoio de agentes do Regime Adicional de Serviço (RAS) e de equipes do programa Segurança Presente.

O comando do 2°BPM vem trabalhando de forma conjunta com as delegacias da Polícia Civil para identificar e prender os criminosos envolvidos em tais delitos. Ademais, os agentes em motopatrulhas realizam um patrulhamento preventivo em todo o bairro. Um estudo elaborado pelo 2° BPM (Botafogo) com o apoio do 1° Comando de Policiamento de Área (1° CPA), revelou que o índice de reincidência entre os envolvidos nas prisões realizadas pelo Batalhão de Botafogo é de 42%.