Perseguição policial deixa quatro mortos no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio

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Os dois policiais militares eram soldados do Batalhão de Policiamento em Vias Especiais (BPVE): Bruno Paulo da Silva, de 38 anos, e Bruno William Batista de Souza Ribeiro, de 30. Os ocupantes do carro de passeio foram identificados como Thiago Henrique Medeiro Figueiredo e Diego Ferreira Amaral, investigados por homicídio e tráfico de drogas em Minas Gerais.

A perseguição começou depois que o Ônix vermelho, de acordo com policiais militares, não obedeceu a uma ordem de parada durante uma blitz na Linha Vermelha, na altura do quilômetro 19,5. Os dois policiais mortos entraram numa viatura e seguiram atrás do carro, e outros dois agentes seguiram em outro veículo da PM para tentar cercar o Ônix. Essa segunda viatura acabou se distanciando dos outros dois veículos durante o trajeto até o Jardim Botânico.

A PM não confirmou se houve troca de tiros durante a perseguição, mas na porta traseira do lado direito do carro de passeio há uma marca de um disparo. Ao todo, a perseguição aconteceu ao longo de 27km.

Após os automóveis capotarem, equipes do 23º BPM seguiram para o local e encontraram as quatro pessoas já mortas. A perícia da Polícia Civil foi acionada. Os corpos foram encaminhados para o Instituto Médico-Legal (IML).

A PM informou que o soldado Bruno era casado e tinha um filho de 15 anos e outro de 2. Já o soldado Ribeiro, segundo a corporação, deixa esposa e um filho de 4 anos.

A investigação do acidente é feita pela 15ª DP (Gávea). De acordo com a Polícia Civil, além da perícia no local, os agentes vão realizar uma também no Ônix para verificar se o carro é clonado. Os policias realizam ainda diligências para esclarecer as circunstâncias da batida.

O acidente ocorreu na Rua Jardim Botânico, na altura do Viaduto Saint Hilaire. A via chegou a ser interditada nos dois sentidos, mas foi liberada para os motoristas pouco depois das 6h, após os dois veículos serem retirados do local. O acesso pelo Túnel Rebouças também foi liberado, de acordo com o Centro de Operações Rio (COR).