Rio
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Por — Rio de Janeiro

Os dois ocupantes do Ônix vermelho, mortos em acidente durante perseguição da Polícia Militar, na madrugada de quarta-feira, saíram de Belo Horizonte e estariam no Rio de Janeiro a passeio. A informação foi compartilhada por uma pessoa próxima à família dos rapazes, identificados como Thiago Henrique Medeiro Figueiredo, de 29 anos, e Diego Ferreira Amaral, de 27 anos. O encalce, de Duque de Caxias, na Baixada, ao Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio, foi motivado após recusa dos homens à ordem de parada dos PMs, que também morreram na ação.

Thiago e Diego, naturais de Belo Horizonte, estavam no Rio para visitar as praias da capital. No Ônix vermelho, após o acidente na Rua Jardim Botânico, agentes da Polícia Civil encontraram peças de roupa, um par de tênis, uma mochila, uma barraca e outros itens pessoais, como uma caixa de óculos, chinelos e uma toalha. Também havia uma lata de refrigerante e moedas espalhadas pelo chão do veículo. Testemunhas disseram terem visto cabides e roupas espalhadas pelo chão, rodeando os carros.

Segundo a pessoa próxima às famílias, Thiago, que estava foragido da Justiça, usava uma identidade falsa em nome de Hugo Vinicius Damasceno. A polícia encontrou a documentação e suspeitou de que não era verdadeira. O laudo feito pelo Instituto Médico Legal ajudou a esclarecer a situação, identificando o nome verdadeiro do homem.

Contra Thiago há sete processos sobre o crime de tráfico de drogas, em diferentes comarcas de Minas Gerais. Ele foi condenado em todos, e cumpria pena pelo último, julgado em 2022. Já Diego tem o nome registrado em um processo por homicídio, ocorrido em 2018, no qual foi absolvido pelo júri.

É possível que outros crimes estejam em nome dos dois. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais esclarece que processos em Segredo de Justiça não são contabilizados, uma que não aparecem disponíveis para consulta.

Perseguição até o Jardim Botânico

A perseguição começou na madrugada de terça para quarta-feira. O Ônix vermelho, registrado na cidade mineira de Jaíba, estava na altura do quilômetro 195 da Linha Vermelha, em Caxias, quando, segundo a polícia, foi interceptado por policiais militares, que ordenaram parada. Thiago Henrique Medeiro Figueiredo, de 29 anos, e Diego Ferreira Amaral, de 27 anos, teriam desrespeitado a ordem, o que motivou a perseguição.

Perseguição de viatura da PM a Ônix vermelho aconteceu ao longo de 27km

Perseguição de viatura da PM a Ônix vermelho aconteceu ao longo de 27km

Na viatura, estavam os soldados Bruno William Batista de Souza Ribeiro e Bruno Paulo da Silva, respectivamente de 30 e 38 anos. Ao saírem de Caxias, entraram na Linha Vermelha, onde percorreram vários bairros e comunidades do Rio: Ilha do Governador, Maré, Ilha do Fundão, Caju, Rio Comprido até o Jardim Botânico, onde ocorreu o acidente.

Nas gravações das câmeras de trânsito, é possível ver que ao menos outras duas viaturas participam da perseguição. Contudo, elas não conseguem acompanhar a alta velocidade dos outros carros, ficando até 20 segundos atrás deles.

Veja o percurso feito pelos carros — Foto: Editoria de Arte
Veja o percurso feito pelos carros — Foto: Editoria de Arte

Quem eram os policiais militares mortos

O soldado Bruno Paulo da Silva (à esquerda) e o soldado Bruno William Batista de Souza Ribeiro — Foto: Polícia Militar/Instagram
O soldado Bruno Paulo da Silva (à esquerda) e o soldado Bruno William Batista de Souza Ribeiro — Foto: Polícia Militar/Instagram

Os dois PMs pertenciam ao Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE). Durante reconhecimento no IML, parentes de Bruno Paulo o definiram como “uma pessoa maravilhosa”. Ele deixa mulher e dois filhos, de 2 e 15 anos. Já Bruno William, também casado, tinha um filho de 4 anos.

O velório dos agentes acontecerá nas capelas 2 e 3 do cemitério Jardim da Saudade de Sulacap, nesta quinta-feira, às 12h. O enterro está previsto para 15h30.

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