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Por — Rio de Janeiro

O primeiro suplente do MDB na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rafael Picciani, atualmente nomeado secretário de Esportes e Lazer do estado do Rio, deverá tomar posse na Casa na próxima semana. Ele assume a cadeira que era do deputado estadual Otoni Moura de Paulo (MDB) que faleceu no último dia 27 em decorrência de um câncer de fígado.   

Ao GLOBO, Picianni afirmou que assumirá como deputado "por ser a vontade do seu eleitorado". Mas que deseja retornar à secretaria de Esporte e Lazer "para dar continuidade a projetos importantes neste ano de Olimpíada". A movimentação interna do partido dá como certa essa manobra, o que deixaria vaga a cadeira de Picciani ao segundo suplente, Tiago Raimundo dos Santos Silva, mais conhecido como TH Joias. Ele é conhecido no mundo do funk e entre jogadores de futebol, tendo criado peças para figuras como o casal Léo Santana e Lore Improta, o funkeiro Poze do Rodo, o cantor L7 e o atacante Vini Jr.

— Tenho, evidentemente, o desejo de exercer o meu mandato. Por isso disputei a eleição. Quando recebi o convite do governador para assumir a secretaria de governo, foi até antes da posse dos deputados. Então, esse sentimento de querer exercer o mandado ficou secundário. Eu amo trabalhar com a pauta que é o esporte. Hoje, o meu desejo é dar sequência ao meu trabalho de momento, que é a secretaria. Mas eu tenho a responsabilidade e compromisso com os meus eleitores — explicou o secretário.

Ele reafirmou ainda que mantém uma aliança com Castro e pretender estreitar laços com o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar:

— Além disso, eu sou um aliado do governador (Cláudio Castro) e quero poder colaborar onde ele melhor entender. Ele já sinalizou o desejo de dar sequência no meu trabalho na Secretaria de Esportes. O que me deixou honrado. A minha ideia é assumir o mandato na semana que vem, conhecer a Casa e o próprio presidente (Rodrigo Bacellar), com quem até hoje não tive a oportunidade de convívio, apesar de conhecê-lo. A Assembleia vive um momento diferente atualmente. Por isso, pretendo, sim, se for do desejo do governador, voltar à secretaria — explicou.

Bastidores agitados 

Tiego Raimundo, TH Joias, ao lado do mc Poze do Rodo — Foto: Reprodução/ redes sociais
Tiego Raimundo, TH Joias, ao lado do mc Poze do Rodo — Foto: Reprodução/ redes sociais

Nos corredores da Casa legislativa, a reputação de TH tem sido motivo de preocupação entre parlamentes, que veem a ida do segundo suplente como "mais uma polêmica para agenda legislativa". Isso porque Tiego já chegou a ser preso pela Polícia Civil em 2017, acusado de integrar uma quadrilha de traficantes e de ser responsável pela lavagem de dinheiro através de empresas do ramo de joias. Ele foi acusado também de pagar propina a policiais militares em troca de informações privilegiadas.

No processo eleitoral de 2022, segundo certidões no Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE), Tiego concorreu ao cargo de deputado estadual enquanto apelava de uma decisão de 1° instância na Justiça do Rio no processo em que responde por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Nas redes sociais, com mais de 200 mil seguidores, TH se apresenta como "executivo do MDB-RJ" e ostenta fotos das joias que confecciona para famosos, como os jogadores Neymar e Adriano. Sua possível ascensão à Alerj levanta questionamentos por sua ficha criminal e as acusações que enfretou na Justiça.

De acordo com fontes ouvidas pelo GLOBO, mesmo que Tiego não assuma como suplente de Picciani neste primeiro momento, seu nome já está cotado para ocupar uma cadeira na Alerj como suplente do deputado estadual Rosenverg Reis, filiado ao mesmo partido que pretende concorrer a uma vaga no Tribunal de Contas do Rio (TCE-RJ) no ano que vem.

A defesa Tiego Raimundo afirmou em nota que o suplente a deputado estadual pelo MDB, "teve seu nome indevidamente associado a fatos que nada têm a ver com sua curva de vida e aderem como preconceituosa a associação de sua imagem a acontecimentos que já estão sendo devidamente esclarecidos na Justiça e que ao final restará comprovadas que não existe nenhuma ligação dele com os ocorridos".

E complementou a resposta alegando que "a verdade incontestável expressada de forma limpa nas urnas pela população é soberana, qualquer iniciativa de frustrar a vontade do povo, deve ser rechaçada por atentar diretamente contra o Estado democrático de direito. Na disputa eleitoral, o candidato obteve mais de 15 mil votos e segue sua vida empresarial atrelada a uma vida pública compromissada com a melhoria na vida das pessoas periféricas".

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