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Por — Rio de Janeiro

A psicóloga Júlia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos, suspeita de matar namorado, Luiz Marcelo Antônio Ormond, de 44, por envenenamento com um brigadeirão, prestou depoimento na delegacia no dia 22 de maio. Ela contou aos agentes que o empresário andava muito cansado e vinha apresentando problemas de disfunção erétil. Júlia fala rindo da situação. A Justiça do Rio expediu mandado de prisão contra a mulher, que está foragida.

Suspeita de matar empresário ri durante depoimento à polícia

Suspeita de matar empresário ri durante depoimento à polícia

"Eu estava percebendo que ele estava muito cansado. Ele não queria fazer nada. (...) Teve um dia que a gente estava na sala e ele foi na cozinha. Eu ouvi aquele estalo de remédio. Eu perguntei “tá tomando remédio?” e ele disse “não”. Aí depois ele abriu a geladeira e bebeu água. E eu não falei nada. Falei “porra, que esculacho, né?” E mesmo assim, nada. Eu brinquei e falei “po, você não gostando mais de mim, né? Porque não é possível”, diz no depoimento, enquanto ri da situação.

Remédio comprado com receita

Em depoimento à polícia, nesta segunda-feira, representantes de uma farmácia na Zona Norte do Rio afirmaram que Júlia Andrade Cathermol Pimenta comprou uma caixa de analgésicos com morfina no dia 6 de maio, 12 dias antes da morte do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormand. A compra de R$ 158 foi realizada, segundo narraram, com apresentação de receita. O remédio, feito com morfina, é apontado como possível causa da morte do empresário.

A suspeita de uso do remédio para envenenar Luiz Marcelo surgiu a partir do depoimento de Suyany Breschak, mulher que se apresenta como cigana e fazia trabalhos espirituais para Júlia. Presa desde a última quarta-feira, Suyany disse que a cliente havia confessado ter moído cerca de 60 comprimidos de analgésicos e os acrescentou em um brigadeirão, entregue a Luiz Marcelo posteriormente.

Nota fiscal mostra compra de analgésicos com morfina por Júlia Andrade Cathermol Pimenta em 6 de maio — Foto: Reprodução
Nota fiscal mostra compra de analgésicos com morfina por Júlia Andrade Cathermol Pimenta em 6 de maio — Foto: Reprodução

O homem foi filmado junto a Júlia por câmeras de segurança do elevador do prédio onde moravam no dia 17 de maio, último registro dele em vida. Na gravação é possível ver que Luiz Marcelo segurava um recipiente com a sobremesa.

O laudo cadavérico, que apontará com exatidão a causa da morte, ficará pronto dentro de 30 dias.

Imagens em prédio onde morava empresário ajudam a polícia a investigar a morte

Imagens em prédio onde morava empresário ajudam a polícia a investigar a morte

'Cigana' ouvida sobre morte

O delegado Marcos Buss, titular da 25ªDP (Engenho Novo) disse que há indícios de que Suyany Breschak, presa por suspeita de participar do assassinato do empresário Luiz Marcelo, tinha conhecimento “antes, durante e depois” da execução do crime. Segundo o delegado, a mulher, que se apresenta como “cigana”, é uma “espécie de mentora espiritual” de Júlia, que ainda está foragida.

À polícia, Suyany contou que Júlia é uma cliente antiga, a quem fazia trabalhos de limpeza, descarrego e banhos. A “cigana” aguardava o pagamento de uma dívida de R$ 600 mil de Júlia, que já havia quitado R$ 200 mil. O delegado afirmou que Suyany foi a destinatária de todos os bens furtados e roubados de Luiz Marcelo, que inclui um carro avaliado em R$ 75 mil, entregue por Júlia à suposta cigana após o crime.

O advogado que defende Suyany, Etevaldo Tedeschi, afirmou que a cliente acredita que o carro foi um presente de Luiz Marcelo à Júlia.

— Se ela (Suyany) soubesse que o carro não era um presente, jamais o teria aceitado como parte do pagamento

Relembre o caso

Luiz Marcelo Antônio Ormond foi visto pela última vez em 17 de maio. Ele aparece, ao lado de Júlia Andrade, em filmagens de câmeras de segurança do elevador do prédio onde morava com ela, no Engenho Novo, Zona Norte. O corpo foi encontrado três dias depois, sentado sob um sofá e já em "avançado estado de putrefação".

A polícia suspeita que ela tenha envenenado o namorado com um brigadeirão, fato narrado por Suyany em depoimento. A suposta cigana disse que Júlia admitiu a ela ter matado Luiz Marcelo com a sobremesa, que tinha mais de 60 comprimidos de um potente analgésico a base de morfina.

"Não to mais aguentando esse porco, esse nojento" teria dito Júlia à Suyany. No dia 18, a suspeita foi a Araruama entregar a ela o carro de Luiz Marcelo, avaliado em R$ 75 mil, que seria usado para quitar uma parte da dívida de R$ 400 mil.

"Ela (Júlia) me falou: esse carro era dele (Luiz Marcelo). Ele me deu. Eu tô te dando ele por setenta e cinco mil pra ir descontando da nossa dívida", disse Suyany à polícia.

Em entrevista ao Fantástico, o delegado Marcos Buss, responsável pelo caso, afirmou que o crime foi motivado por questões econômicas.

— Nós temos elementos que a Júlia estava em processo de formalização de uma união estável com a vítima. Mas, em determinado momento, o que nos parece, é que a vítima desistiu da formalização da união. Então isso até robustece a hipótese de homicídio e não de um latrocínio puro e simples, porque o plano inicial me parecia ser realmente eliminar a vítima depois que essa união estável estivesse formalizada.

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