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O ex-policial militar Ronnie Lessa afirmou, em seu acordo de delação premiada, que só soube depois que, ao matar a vereadora Marielle Franco, também atingiu de forma fatal seu motorista, Anderson Gomes. Lessa relatou ter descoberto sobre a segunda morte por meio de um garçom do bar para onde foi após o crime. O ex-PM disse que "não era a finalidade" e que "a coisa ficou mais tensa ainda".
De acordo com o relato de Lessa, após o assassinato ele e o motorista Élcio Queiroz foram para a casa de sua mãe, onde deixaram o carro e a arma utilizada. Em seguida, foram para o bar na Barra da Tijuca. Lá, um garçom contou que duas pessoas foram mortas, e Lessa ficou surpreso.
"(O garçom) Mostrou as fotos pra gente, aí que descobrimos que tinha mais uma pessoa morta, até então não se sabia", afirmou Lessa, de acordo com a transcrição de um dos depoimentos de sua delação. "Aí na verdade a ficha nem caiu direito. Eu falei onde, ele disse no centro, (eu perguntei) duas pessoas? Aí vi nas fotos do WhattsApp que o motorista estava morto. Não era a finalidade também, então ali nós ficamos sabendo que tinha duas pessoas mortas, e a coisa ficou mais tensa", completou.
Nesta sexta-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo de trechos da delação premiada de Lessa. O acordo foi considerado essencial para a conclusão das investigações.
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