A psicóloga Júlia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos, se entregou na última terça-feira na 25ª DP (Engenho Novo). Apontada como principal suspeita pela morte do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, de 44 anos, ela estava foragida desde o dia 28 de maio, quando foi expedido seu mandado de prisão. No entanto, horas antes de se apresentar na delegacia, sua mãe e seu padrasto compareceram na unidade para prestar depoimento. O depoimento de Marino Bastos Leandro apontou que o casal tinha opiniões diferentes sobre o que a jovem deveria fazer.
Em depoimento, o aposentado de 74 anos, casado com Carla Andrade Cahermol de Faria, mãe de Júlia Andrade, informou que no dia 20 de maio se dirigiu até a casa da psicóloga em Campo Grande, e o casal retornou para residência com a suspeita. Segundo Marino, ela se mostrava nervosa e “dizia o tempo todo que tinha cometido uma besteira e pagaria pelo que fez”. Ainda de acordo ele, a psicóloga disse que foi induzida por uma feiticeira que “iria matar, através de feitiço, o declarante, a mãe, o namorado Jean e a família dele”.
Em depoimento, o aposentado de 74 anos, casado com Carla Andrade Cahermol de Faria, mãe de Júlia Andrade, informou que no dia 20 de maio se dirigiu até a casa da psicóloga em Campo Grande, e o casal retornou para a residência com a suspeita. Segundo Marino, ela se mostrava nervosa e “dizia o tempo todo que tinha cometido uma besteira e pagaria pelo que fez”. Ainda de acordo com ele, a psicóloga disse que foi induzida por uma feiticeira que “iria matar, através de feitiço, o declarante, a mãe, o namorado Jean e a família dele”.
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Casa de empresário que teria morrido por comer brigadeirão envenenado
De acordo com Marino, ele tentou convencer Júlia a se entregar para a polícia, mas sua companheira, extremamente abalada com a situação, não queria que a filha se entregasse e o pressionou a não fazer nada. A situação se estendeu até o dia 31 de maio, quando mãe e filha pediram que ele levasse Júlia até uma rua escura no bairro da Barreira, e pararam próximo de uma palmeira. Lá, a psicóloga informou que não queria que eles soubessem o lugar exato em que ela estaria. Carla deu R$ 400 para a filha e, desde então, perderam o contato com a suspeita.
O que disse suspeita em depoimento?
Júlia prestou depoimento no dia 22 de maio, na 25ª DP (Engenho de Dentro), que investiga o caso. Na ocasião, ela contou aos agentes que o empresário andava muito cansado e vinha apresentando problemas de disfunção erétil. Júlia falou rindo da situação. O delegado Marcos Buss, responsável pela investigação, disse que a suspeita não foi presa após prestar depoimento por não haver, naquele momento, base legal para a prisão.
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![Júlia (de capuz e máscara) chega presa à delegacia — Foto: Alexandre Cassiano](https://s2-oglobo.glbimg.com/zWjQrcQnAvUZ-fwIckzoPZTUhVo=/0x0:1924x1433/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2024/O/5/0xA294RaenrcHgYfxYqQ/107184121-ri-rio-de-janeiro-rj-04-06-2024-caso-brigadeirao-julia-andrade-carthemol-e-suspeit.jpg)
Ao conversar com uma amiga sobre sua relação com Júlia, Luiz Marcelo deixou claro que ela pressionava por uma oficialização do relacionamento. Ao mesmo tempo, no áudio enviado, o empresário reflete sobre sua condição de um homem solitário, sem filhos e sem pais vivos: “Eu também tenho que ter uma companhia, né? Eu, se eu morrer amanhã, as minhas coisas ficam todas pro Estado. Eu não tenho ninguém para deixar minhas coisas”.
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No mesmo áudio, o empresário deixa claro que Júlia — com quem vivia uma relação de idas e vindas há pelo menos 10 anos, e que se transformou em algo mais estável desde abril deste ano, quando a convidou para morar com ele — se mostrava ansiosa para sacramentar a união.
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