Foi remarcada para a próxima terça-feira, dia 18, a interdição da pista de subida (sentido São Paulo) da Serra das Araras, entre 11h30 e 13h30. Até então, essa operação estava marcada para esta quinta-feira, dia 13. Esses fechamentos, que passarão a ser realizados em quatro dias da semana — de segunda a quinta-feira — a partir de julho, fazem parte do cronograma de obras para a construção de um novo traçado para a via. Já a pista de descida (sentido Rio) não será interditada.
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Essa alteração de data ocorreu, segundo a CCR RioSP, concessionária que administra a Dutra, para "uma melhor análise técnica e do volume do material rochoso que será detonado". Nessa detonação, a previsão é que seja implodido um volume de mil m³, que seria suficiente para encher 66 caminhões-caçamba.
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Ainda em junho, outras interdições ocorrerão nos dias 24 (segunda-feira) e 27 (quinta-feira). Todas as interdições serão no Km 226,1, que fica em Piraí (RJ).
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A concessionária reforça a orientação para que os moradores, comerciantes da região e motoristas programem a viagem e evitem trafegar na região durante o período de fechamento da rodovia. Quando foi divulgado o fechamento da pista de subida, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) observou que, se comparados, o tempo de deslocamento por rotas alternativas e o de espera na serra podem ser aproximar. Na rota de desvio indicada, o motorista deve percorrer a BR-040 até Três Rios, de onde acessará a BR-393, onde permanecerá até Barra Mansa, cidade em que retornará à Dutra.
De acordo com a CCR RioSP, painéis de mensagens serão usados para informar o tempo de liberação. Os pontos mais sinalizados serão próximos aos retornos, “para que o usuário utilize outra rodovia próxima”, conforme informado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
‘Fogo cuidadoso’
Diariamente, após os serviços, as equipes da concessionária farão a limpeza da pista antes de liberar o tráfego. A técnica escolhida para a detonação é chamada de “fogo cuidadoso”, quando há controle de vibração e redução de ruído.
Nesse início de trabalho, no entanto, a previsão é de que não se use toda a janela de tempo planejada, já que o volume de rocha a ser detonado ainda é pequeno. Pode ser que a pista seja liberada antes do horário previsto.
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Para a criação do novo traçado, a previsão é que sejam retirados 700 mil metros cúbicos de material rochoso, o suficiente para encher mais de 46 mil caminhões-caçamba, capazes de carregar 15 meros cúbicos por viagem. As rochas implodidas serão reaproveitadas, alimentando usinas de concreto e de asfalto instaladas no Km 230. Concluída a duplicação da serra, o espaço irá abrigar uma praça para vendedores de frutas.
Curvas X velocidade
As implosões começam na altura de Paracambi, na Baixada Fluminense, no Km 230,5. Neste momento, também há obras nos quilômetros 228 e 230, assim como em duas áreas que estão sendo preparadas para receber o material das implosões. A previsão é que, no ápice das intervenções, haja 34 pontos de trabalho simultâneos nos oito quilômetros de serra.
A Serra das Araras faz parte da Rodovia Presidente Dutra, principal via de ligação entre o Rio e São Paulo, as duas cidades mais populosas do país. Cerca de 390 mil veículos circulam nos dois sentidos da estrada mensalmente, e 36% desse número corresponde a transporte de carga, incluindo produtos químicos, carnes e minérios. Segundo o Ministério dos Transportes, a Dutra “desempenha um papel crucial na economia brasileira”, por onde passa metade do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
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Curto, o trecho correspondente à serra — entre as cidades de Piraí (Km 225) e Paracambi (Km 233) — é marcado por curvas sinuosas e pelo risco de acidentes, que deve ser reduzido após as obras. Esse detalhe foi ressaltado há um mês na assinatura da ordem de serviço que garantiu o novo traçado da serra, com a presença do governador Cláudio Castro e do ministro dos Transportes, Renan Filho. No novo trajeto, a atual pista de descida deixará de ser usada. Já a pista de subida orientará a duplicação da via na serra, que terá quatro pistas de rolamento em cada sentido, além de acostamento de 2,5m de largura.
Ao todo, serão construídos 24 viadutos, projetados para tornar as curvas menos acentuadas. Além disso, serão criadas duas rampas de escape, em que vão ser montadas caixas cheias de brita, usadas para “salvar” caminhões que perdem os freios na descida da serra.
O projeto ainda deixará o trecho da serra totalmente iluminado. O valor da obra é de R$ 1,5 bilhão, parte dos R$ 14,8 bilhões previstos em investimentos da CCR RioSP ao longo dos próximos 30 anos, na Dutra e na Rio-Santos, sob sua concessão após leilão realizado em outubro de 2021.
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