Apontado pela polícia como o segundo em liberdade na hierarquia do tráfico de drogas de parte do Complexo da Maré, dominada pela facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP), o traficante Thiago da Silva Folly, o TH da Maré, é um dos bandidos mais procurados do Rio. Em nome dele, há 16 mandados de prisão expedidos pela Justiça por uma série de crimes, entre eles, tráfico de drogas, homicídios e assaltos. A última prisão preventiva foi decretada em 18 de abril pela 1ª Vara Criminal Especializada do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Militar, dois agentes foram atacados e baleados, na terça-feira, ao chegarem perto de um esconderijo usado por TH na Favela do Timbau, uma das comunidades da Maré. Durante a operação policial, a quadrilha queimou um ônibus na Avenida Brasil, na altura da Vila do João.
![TH da Maré é considerado foragido da Justiça — Foto: Reprodução](https://s2-oglobo.glbimg.com/xmZ4PFlWNMwemJvKQK75-77YdS0=/24x15:752x772/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2024/A/J/fluOHcQB6SyvUZQhOZWA/th-da-mare.png)
No processo que resultou na decretação da última prisão expedida pela Justiça, TH e Michel de Souza Malvieira, o Mangolé, atual chefe do TCP da Maré em liberdade, foram denunciados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como responsáveis por promover, constituir, financiar ou integrar organização criminosa.
![O traficante Mangolé, em cartaz de procurado — Foto: Reprodução](https://s2-oglobo.glbimg.com/0T6pOs6zhY-W5GS9a1BH4TmM_5s=/0x0:700x991/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2024/c/d/al3yJLSkA3rzq4hXQcuQ/26-9-2022-0-mangole.png)
TH, Mangolé e mais dois suspeitos são apontados como responsáveis por comandar uma quadrilha especializada em roubos de carros e de cargas. Durante investigações, foi descoberto que os chefes do bando ordenam a traficantes o roubo de veículos sob encomenda.
A partir daí, o grupo criminoso obtém lucro com os desmanches de peças e com a cobrança de resgate para devolução dos carros roubados. Segundo a investigação, TH da Maré é o chefe da parte operacional da organização criminosa, concentrando ainda o recolhimento de taxas impostas a mototaxistas que trabalham nas comunidades.
Thiago da Silva Folly também é suspeito de permitir que assaltantes e estelionatários fiquem abrigados nas comunidades da Vila do João, Timbau, Baixa do Sapateiro e Vila dos Pinheiros, em troca de receber uma parte dos ganhos com assaltos e golpes. Entre os bandidos escondidos no local estariam foragidos da Justiça vindos do Espírito Santo e de Minas Gerais.
No processo que gerou a decretação da prisão de TH, em abril de 2024, ele foi apontado como sendo um dos responsáveis pela encomenda de um Hyundai Creta, roubado em maio de 2023, no Cachambi. O veículo foi recuperado, dois meses depois, durante uma operação policial no Complexo da Maré. Entre as cargas mais visadas pelo bando de TH e Mangolé, suspeitos de serem responsáveis por ordenar a prática de delitos deste tipo em vias expressas do Rio, estão pneus, eletroeletrônicos e celulares. Além de TH, Michel de Souza Malveira, o Mangolé, também é foragido da Justiça. Em nome deste último existem quatro mandados de prisão expedidos pelo Tribunal de justiça do Rio de Janeiro.
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