Rio
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Por — Rio de Janeiro

A Câmara de Vereadores do Rio adiou para a próxima semana o debate final das operações urbanísticas propostas pela prefeitura para viabilizar a construção de um novo autódromo em Guaratiba e a reforma do estádio de São Januário. Os projetos receberam uma série de emendas que agora estão sob análise das comissões e de assessores de urbanismo do município.

A proposta da prefeitura para viabilizar os projetos é conceder uma espécie de bônus imobiliário para que, em troca de investimentos feitos, particulares possam construir acima do gabarito inicialmente permitido em partes da Barra e da Zona Norte da cidade. Entre os empresários, a possibilidade de adoção do mecanismo, conhecido como operações urbanas consorciadas, agrada por permitir maior verticalização, evitando que bairros continuem se expandido horizontalmente, agravando problemas com o trânsito, principalmente na Barra:

— Instrumentos que ajudem a verticalização das moradias sempre são bons para a sociedade. Vejo com bons olhos — diz o empresário Ricardo Ranauro, da construtora Calper.

Infraestrutura

Diretor-executivo da The Inc Incorporadora, Thiago Soares concorda. Para ele, a Barra sairá ganhando com o uso das bonificações na região. E não apenas com o pagamento das licenças para construir nas áreas das operações interligadas.

— Para licenciar as obras, a prefeitura geralmente exige, por meio da CET-Rio, melhorias na infraestrutura viária. Essa estratégia, bem empregada, vai ser boa para o bairro. Com um prédio mais vertical, por um preço mais acessível, uma pessoa que mora em Jacarepaguá e trabalha na Barra pode ir para mais perto do trabalho. Assim, evita o deslocamento — avalia.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Simduscon -RJ), Claudio Hermolin, também defende as operações interligadas. Ele diz que a reforma do estádio do Vasco e a construção do autódromo vão permitir que a cidade receba ainda mais eventos. E sugere que, na discussão final, os vereadores estudem uma forma de estimular o investidor a aplicar o bônus na Zona Norte, aproveitando a oferta de terrenos e a infraestrutura existente.

— Essa distribuição pode ser debatida. A Barra já recebeu outros bônus com operações interligadas que viabilizaram a implantação do Parque Nelson Mandela (Reserva) e permitiram a compra do terreno onde está sendo construído o parque de Inhoaíba — observa.

Áreas de preservação

Subsecretário de Desenvolvimento Urbano e Econômico, Thiago Dias explica que, mesmo que todo o bônus seja investido na Barra da Tijuca, outras medidas já foram tomadas pela prefeitura para compensar a possível chegada de novos moradores. A mais importante, destaca, foi a criação de áreas de preservação da vida silvestre na região de Vargem Grande e Vargem Pequena. Esse processo reduziu o potencial construtivo nas vargens, numa área total de 5,3 milhões de metros quadrados, o equivalente a duas vezes o tamanho do bairro do Jardim Botânico, por exemplo.

— Essa iniciativa desadensou parte da região, que tem menos infraestrutura. E concentrou áreas já estruturadas que podem receber o bônus — diz Thiago.

A Câmara Comunitária da Barra defende que os recursos com o licenciamento de construções sejam usados na conclusão de obras que possam facilitar o deslocamento no bairro. Entre elas, a conclusão das avenidas Via Parque e Dulcídio Cardoso.

— É uma oportunidade de complementar a infraestrutura de uma região já consolidada. Em outras áreas, nem sempre os locais escolhidos podem ter a mesma condição — afirma o vice-presidente da entidade, David Zee.

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