Rio
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Por — Rio de Janeiro

O Consórcio Lagunar Marítima foi declarado, nesta quinta-feira, vencedor da concessão da prefeitura do Rio para implantar e operar, por 25 anos, linhas de barcas que serão uma opção para a população se deslocar pelas lagoas da Tijuca, Jacarepaguá, Marapendi e o Arroio Fundo ao Metrô (Jardim Oceânico), shoppings e outras áreas da Baixada de Jacarepaguá. Pelas regras do edital de concessão, o grupo terá que investir R$ 101,6 milhões na infraestrutura dos serviços, o que inclui compra de embarcações, áreas de embarque e desassorear os trechos mais próximos das futuras estações.

Além disso, o consórcio terá que lidar com um problema que afeta muitos cariocas: boa parte das comunidades em que essas linhas serão operadas são controladas por milícias. Estes grupos criminosos cobram taxas de gás e vans, entre outros serviços, e exploram inclusive linhas clandestinas de barcos na região. Em 2019, o Ministério Público identificou milicianos que mantinham pelo menos duas balsas na Lagoa da Tijuca, levando passageiros da Areinha (Rio das Pedras) à estação do metrô do Jardim Oceânico.

— Nós vamos implantar os serviços como determina o contrato. Se houver alguma questão envolvendo segurança, isso será informado às autoridades — limitou-se a dizer José Raul de Almeida, coordenador de Monitoramento Ambiental da ECP Consultoria e Projetos, uma das empresas que integram o consórcio.

Projeto de transporte aquaviário nas lagoas de Barra e Jacarepaguá — Foto: Divulgação
Projeto de transporte aquaviário nas lagoas de Barra e Jacarepaguá — Foto: Divulgação

Com ou sem a interferência de milicianos, o edital de licitação prevê que os barqueiros que hoje prestam serviços nas lagoas da Barra vão poder continuar a prestar os serviço, desde que usem barcos de pequeno porte, de menor capacidade em comparação aos que serão adotados pela futura concessionária. Na Câmara de Vereadores, com apoio do governo, tramita um projeto de lei do presidente da Casa, Carlo Caiado (PSD), propondo regras para regularizar esses barqueiros.

— O transporte aquaviário o nas lagoas da Barra e de Jacarepaguá é uma luta antiga. Essa concessão vai acelerar a mobilidade da região, diminuindo o trânsito e o tempo gasto no transporte público. Além disso, a regulamentação dos barqueiros vai permitir que ambos os serviços convivam de forma harmônica. Hoje, existem mais de 500 famílias que prestam esse serviço na região, algumas há mais de 60 anos — disse Caiado.

O consórcio, formado pela Construverde Construções e Serviços (que executa, entre outras obras, o projeto de ampliação da estação de Tratamento do Guandu), ECP Consultoria e Projetos (dirige o campo de golfe olímpico da Barra) e Esfeco Administração Ltda (que opera os trens do Corcovado) foi o único a participar da concorrência. A Companhia Carioca de Parcerias e Concessões (CCpar), que organizou a licitação, estima a demanda pelo serviço em até 85 mil usuários por dia. O serviço vai aceitar o bilhete único e terá a mesma tarifa dos ônibus (R$ 4,30). É possível que alguns serviços entrem em operação entre fim do ano que vem e os primeiros meses de 2026.

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