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GERADO EM: 14/07/2024 - 03:00

Indiciadas por homicídio qualificado

Julia e Suyany foram indiciadas por homicídio qualificado de empresário envenenado com brigadeirão. Seis pessoas envolvidas no caso, incluindo receptação de bens da vítima. Detalhes sobre o crime e as acusações dos envolvidos foram revelados durante as investigações da polícia.

Mensagens de WhatsApp, interceptadas pela 25ªDP (Engenho Novo), mostram que Victor Ernesto de Souza Chaffin e Leandro Jean Rodrigues Cantanhede, indiciados na sexta-feira por receptação de carro e acusados de terem recebidos outros bens da vítima, fizeram piada com a causa da morte do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond. A conversa, datada do dia 21 de maio (cerca de cinco dias depois do homicídio), detalha como seria o encontro em hotel antes de negociação de veículo entre Júlia Andrade Cathermol Pimenta e Suyany Breschak, acusadas de serem responsáveis pela morte de Luiz Marcelo, envenenado com um brigadeirão.

Em mensagem, Leandro escreve: “Mano, o nome da Suy é Nath, hein. Só pra tu não falar merda aí”.

VICTOR: “Suy marcou com ela (Júlia) 9h aqui”.

VICTOR GRAVA ÁUDIO: “E aí, mano! Traz pão de queijo, quando vier o filha da p*”.

LEANDRO: “Pousada tem café, né”.

VICTOR: “Tô fora. Vai querer me envenenar”.

Seis indiciados

Na sexta-feira, a 25ªDP (Engenho Novo) concluiu e enviou ao Ministério Público o inquérito sobre o caso brigadeirão. Ao todo, seis pessoas foram indiciadas pela morte do empresário Luiz Marcelo Ormond.

Júlia Andrade Cathermol Pimenta, psicóloga e namorada de Luiz Marcelo, e a cigana Suyany Breschak, já presas, foram indiciadas por homicídio triplamente qualificado. A polícia aponta a cigana como mandante do crime, enquanto Júlia é a executora.

Além delas, a polícia também indiciou por receptação Leandro Jean Rodrigues Cantanhede e Victor Ernesto de Souza Chaffin. Eles são acusados de terem recebido bens de Luiz Marcelo, como o carro, duas pistolas, computadores, celular, ar-condicionado, 12 relógios e outras joias, e de terem tentado negociá-los posteriormente. Leandro era namorado de Suyany e amigo de Victor, com quem a cigana teve um rápido envolvimento.

Geovani Tavares Gonçalves e o sobrinho Michael Graça Soares são os últimos citados. Os dois foram indiciados por porte ilegal de arma de fogo. Segundo a polícia, eles teriam comprado de Vitor as duas armas do empresário, que foram vendidas com a numeração raspada.

A defesa de Júlia Cathermol Pimenta afirmou que está analisando o relatório e vai falar sobre o caso na próxima terça-feira. A de Suyany disse que irá provar que ela não teve envolvimento no crime, enquanto a de Leandro e Victor enfatizou que só irá se pronunciar quando tiver acesso ao documento. As defesas de Michael e Geovane não foram encontradas.

Relembre o caso

Luiz Marcelo Antônio Ormond foi visto pela última vez em 17 de maio. Ele aparece, ao lado da namorada e psicóloga Júlia Cathermol, em filmagens de câmeras de segurança do elevador do prédio Portais do Méier, no Engenho Novo, onde morava há cerca de dez anos. No dia 19 de abril, Júlia se mudou para o apartamento dele, data em que a vítima trocou o status de relacionamento nas redes sociais para "casado".

Três dias depois, na noite de 20 de maio, após reclamação de vizinhos sobre um forte odor no nono andar do edifício, bombeiros foram acionados e encontraram o corpo de Luiz Marcelo já em "avançado estado de putrefação". Ele estava sentado sobre o sofá, com ventiladores ligados em sua direção. Segundo o porteiro do bloco onde o empresário morava, Júlia havia deixado a residência por volta das 13h, após receber um cartão de uma agência bancária.

As investigações da polícia apontaram que a psicóloga envenenou Marcelo no dia 17 de maio, com uma sobremesa — supostamente um brigadeirão — repleta de morfina moída. Ela passou três dias no apartamento convivendo com o cadáver, já que é flagrada pelo porteiro e pelas câmeras de segurança circulando pelo prédio nos dias 18, 19 e 20. Júlia chegou a frequentar a academia do lugar.

Para a execução do crime, conta a polícia, a psicóloga teve orientação de Suyany Breschak, cigana e amiga dela há dez anos. Para os agentes, foi a cigana que orientou Júlia sobre como ministrar as dosagens do medicamento que envenenou o empresário, além de ter recebido o carro, as armas, computadores, celular e joias após a morte dele.

À polícia, a psicóloga contou que Júlia tinha com Suyany uma dívida de R$ 600 mil por conta de trabalhos realizados desde a época em que se conheceram, como limpezas, descarregos e banhos.

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