Influencer parou BMW após atropelamento, tirou amigas do carro e deixou o local sem socorrer recém-casado, diz testemunha

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Na ocasião, ela e as amigas, que comemoravam aniversário em um condomínio próximo da praia, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, decidiram pedir um carro de aplicativo para ir embora. Uma delas chegou a dizer na delegacia que não chamou socorro porque viu "uma movimentação" em frente ao local da batida e achou que "alguém tivesse chamado os bombeiros". Aos agentes, a jovem revelou ainda que chegou a trocar mensagens com Vitor momentos depois da batida. Ele disse à amiga que estava "procurando um advogado, sem dizer para onde iria".

Sobre não ter socorrido Kikuta, o advogado de defesa do influencer, Gabriel Habib, confirmou em nota que Vitor chegou a parar o veículo mais à frente, "mas não voltou ao local do acidente porque ficou em choque no momento, sem reação, e teve medo de linchamento porque viu que populares começaram a se aglomerar no local".

A defesa disse ainda que Vitor não estava alcoolizado e que estava dentro da velocidade permitida na via. "A defesa irá provar no inquérito que foi um acidente e que Vitor não teve culpa na morte da vítima", afirmou a nota.

A polícia tem feito buscas nos endereços de parentes de Vitor, apreendeu passaporte, documentos e analisa imagens de câmeras para tentar reconstruir o trajeto feito pelo influencer no dia da fuga, a fim de localizar o paradeiro dele.

A amiga de Vitor que estava sentado no banco do carona da BMW negou que ele estivesse andando em alta velocidade. E não confirmou à polícia se Vitor teria consumido bebida alcoólica antes de dirigir. Durante a perícia no carro, os peritos encontraram manchas de vinho no carpete do carro e taças de vidro quebradas.

Vitor é está foragido da justiça desde que teve sua prisão decretada no domingo. Segundo o advogado Armando de Souza, presidente da Comissão de Acompanhamento e Estudo da Legislação do Trânsito da OAB-RJ, pelo Código de Trânsito Brasileiro a omissão de socorro é penalidade atribuída ao condutor do veículo. No entanto, à luz do Código Penal, "uma pessoa qualquer deixar de prestar socorro, podendo fazê-lo, responde criminalmente".

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— No caso concreto(do atropelamento do fisioterapeuta), segundo as informações já apuradas pelas autoridades, as passageiras alegam estarem em estado de choque. A aceitação ou não dessa alegação dependerá da autoridade policial — afirmou Souza.

Já a advogada Tathiana Costa, que defende Bruna Villarinho, noiva de Fábio, no processo, afirmou ao GLOBO que todos os esforços para que o paradeiro de Vitor seja descoberto estão sendo feitos.