Após a venda da mansão mais cara do Brasil, no Jardim Pernambuco, Leblon, o terreno de 11,2 mil metros quadrados onde está o imóvel poderá abrigar até 12 novas casas. A partilha está em estudo pela construtora Mozak, que comprou o imóvel, junto a um time de arquitetos.
Segundo o presidente da construtora, Isaac Elehep, a ideia é dividir o terreno em unidades de 1,5 mil a 1,8 mil metros quadrados. Mas ele pondera que isso pode mudar, a depender de negociações com potenciais clientes.
A mansão estava anunciada por R$ 220 milhões e ficou à venda por cinco anos. O negócio, selado há cerca de 10 dias, não teve o valor revelado.
Construída em 1986, a casa, de 2,5 mil metros quadrados, tem arquitetura em estilo inglês e conta com seis suítes, 18 banheiros, 15 vagas de garagem, salas de estar e de jantar, estúdio de música, escritório, biblioteca, sauna, heliponto, piscina e uma vasta área verde, com um jardim assinado por Burle Marx.
Não foi definido ainda se essa mansão será preservada, e o terreno hoje livre só dará espaço a novas residências, ou se haverá mudanças também na casa original.
A construtora calcula que o valor do metro quadrado por área construída para os novos empreendimentos possa chegar a R$ 150 mil. Pelas projeções do mercado, cada nova casa poderá ser vendida por valores que oscilariam entre R$ 90 milhões a R$ 150 milhões, conforme a negociação com o comprador, área construída e até a localização dentro do condomínio.
Veja fotos de uma das mansões mais caras do Brasil, que estava à venda por R$220 milhões
— Vamos dividir um grande lote em vários lotes menores, permitidos para o local. Ainda assim, serão grandes lotes, com até 1.500 metros quadrados. As casas serão independentes, conforme a legislação do Jardim Pernambuco. Não queremos impactar negativamente a região — promete Elehep.
O diretor da imobiliária Sergio Castro Ouro, responsável pela negociação, destaca que, no tempo em que ficou à venda, a mansão recebeu 27 potenciais compradores. Segundo Paulo Cézar Ximenes, o imóvel e seu vasto terreno eram oferecidos para famílias, o que não funcionou. O negócio só foi fechado depois que os donos da mansão concordaram em disponibilizá-la para o mercado de construção.
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