Quatro homens morreram após trocarem tiros com a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Civil na noite desta quarta-feira, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Segundo a polícia, eles eram milicianos do grupo liderado por Gilson Ingrácio de Souza Junior, o Juninho Varão. O grupo estava sendo monitorado pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco). Nas redes sociais, circula um vídeo mostrando o intenso tiroteio.
Os milicianos, que estavam em dois veículos, iniciaram fuga em sentidos opostos assim que foram abordados pela Polícia Civil e pela PRF. Durante a perseguição, eles atiraram contra os agentes, que reagiram. Um dos carros foi encontrado abandonado. No outro, quatro suspeitos foram encontrados baleados: Edmilson Nascimento de Sá, Lucas Leite dos Santos, Douglas da Silva Teixeira e Pablo Tiago de Oliveira Henriques. Eles foram levados para o Hospital Pedro II, em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio, mas já chegaram mortos.
Segundo a polícia, Edimilson e Lucas já tinham passagens por recepção, porte ilegal de arma de fogo e associação criminosa. Pablo por porte de arma e organização criminosa. Douglas era o único que nunca tinha sido preso.
Quatro milicianos são mortos durante confronto com a PRF e a Polícia Civil em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense
Os agentes apreenderam quatro fuzis, 16 carregadores, 392 munições e coletes balísticos. De acordo com a polícia, os veículos eram roubados.
Agentes da Draco continuam realizando diligências para identificar e localizar as pessoas que estavam no outro carro e conseguiram fugir.
Quem é Juninho Varão?
Gilson Ingrácio de Souza Junior, o Juninho Varão, é considerado foragido da Justiça, Varão disputaria territórios com uma quadrilha de paramilitares da Zona Oeste em Nova Iguaçu e em parte de Seropédica. A milícia dele movimentou cerca de R$ 10 milhões nos anos de 2022 e 2023 e atua em cinco bairros de Nova Iguaçu (Cabuçu, Aliança, Jardim Laranjeiras, Valverde e K-32) e em parte de Queimados.
Sua história de ascensão para controlar territórios na Baixada Fluminense teve início com a morte de Ecko, em junho de 2021, quando houve um racha na milícia. Logo após esse episódios, os negócios explorados por paramilitares em Nova Iguaçu ficaram sob responsabilidade de Danilo Dias Lima, o Danilo Tandera.
Em agosto de 2022, Delso Dias Lima, irmão de Tandera, foi morto ao trocar tiros com a polícia. Depois disso, a quadrilha se fragmentou ainda mais, e Juninho Varão assumiu o comando dos negócios irregulares em parte de Nova Iguaçu. A partir daí, ele se fortaleceu ao formar alianças com milicianos de Seropédica.
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