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Por — Rio de Janeiro

O ex-governador Luiz Fernando Pezão afirmou não ter dinheiro para arcar com os custos de um processo em que responde por improbidade administrativa. A informação, publicada na coluna do Ancelmo Gois, aponta ainda que o político pediu gratuidade à Justiça e foi advertido pelo desembargador Jean Albert de Souza Saadi, que reforçou falta de transparência de Pezão em relação à renda e aos bens. Neste ano, Rivaldo Barbosa e Giniton Lages, policiais envolvidos na investigação do caso Marielle Franco e Anderson Gomes, também alegaram problemas financeiros para mudar decisões judiciais. Relembre os casos.

Rivaldo Barbosa

Em abril, o ex-chefe de investigação da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa pediu desbloqueio de duas contas-salários ao Supremo Tribunal Federal. O pedido foi negado pelo ministro Alexandre de Moraes, que também manteve uma série de medidas cautelares ao agente. Ele ganhava cerca de R$ 32 mil líquidos mensais da corporação e aproximadamente R$ 4 mil de uma universidade particular onde atuava como professor.

Rivaldo foi preso em março pela Polícia Federal por supostamente planejar os homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além de proteger o deputado federal Chiquinho Brazão e o conselheiro do Tribunal de Contas Domingos Brazão, tidos como mandantes dos crimes.

Giniton Lages

Também em abril, Giniton Lages, ex-titular da Delegacia de Homicídios do Rio, pediu desbloqueio de seu salário, estimado em R$ 25 mil, justificando que precisava prover o sustento da família. O ministro Alexandre de Moraes aceitou parcialmente o pedido, decretando que fosse liberado um salário mínimo mensal da remuneração.

Em julho, Giniton usou a situação financeira para não participar, como testemunha, de dois julgamentos de réus investigados por ele no passado. Por e-mail, ele respondeu à Justiça que não tinha dinheiro para comprar computadores ou notebook com placa de vídeo e câmera porque a Justiça havia bloqueado seu salário. Um dos juízes decidiu aplicar uma multa contra ele, correspondente a quase R$ 15 mil.

E-mail enviado pelo ex-chefe da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) à Justiça  — Foto: Editoria de Arte
E-mail enviado pelo ex-chefe da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) à Justiça — Foto: Editoria de Arte

Giniton é acusado de atrapalhar as investigações das mortes de Marielle e Anderson. Ele assumiu as investigações dos assassinatos de março de 2018 ao mesmo mês do ano seguinte. De acordo com a PF, ele foi nomeado por Rivaldo Barbosa um dia após os crimes, e teria agido para criar impunidade aos demais suspeitos.

Pezão

O ex-governador afirmou à Justiça que está sem dinheiro e que precisa de gratuidade nos custos de um processo que responde por improbidade administrativa. Ao negar o pedido, o desembargador Jean Albert de Souza Saadi, da 20ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça, destacou que:

"Revelo, por pertinente, que o autor, pessoa pública e conhecida nos meios políticos, deixou de juntar planilha com seus ganhos e suas despesas ordinárias mensais, além de não informar se possui ou não aplicações financeiras".

Pezão foi preso em 2018 durante a Operação Boca de Lobo, um braço da Lava-Jato. Ele é acusado de ter recebido propina da federação que reúne empresários de ônibus no Rio, a Fetranspor. O emedebista ficou atrás das grades entre novembro de 2018 e dezembro de 2019. No ano passado, porém, o ex-governador foi absolvido após anulação de sentença do então juiz federal Marcelo Bretas.

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