A reunião entre a reitoria da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e representantes de alunos que ocupam o local terminou sem acordo, nesta terça-feira, no campus do Maracanã, na Zona Norte do Rio. Os manifestantes estão instalados desde a última sexta-feira na reitoria da instituição em protesto contra o ato administrativo que, além de cortar 1.400 bolsas assistenciais, acabou com outros auxílios para os estudantes.
- Violência contra a mulher: Homem é preso por suspeita de agredir e manter médica em cárcere privado, em Copacabana
- Onde está Anic: Desparecimento de advogada completa cinco meses; suspeitos são citados pela Justiça
Universitários tinham direito a auxílio-material de R$ 600 por semestre, para pagar livros e impressões. Esse valor foi reduzido à metade com as novas regras, em vigor a partir de agosto. A bolsa permanência de R$ 706 mensais, pelo período de dois anos, será concedida apenas a estudantes com renda familiar de meio salário mínimo por pessoa. Antes, o valor era de até um salário mínimo e meio.
Em nota, a Uerj afirma que “o novo regramento não atinge os mais vulneráveis — cotistas e estudantes de ampla concorrência que são elegíveis aos programas sociais pelo Cadastro Único”. A universidade informa que, com a crise no caixa do governo do estado e o Regime de Recuperação Fiscal, tem tido dificuldade de obter os recursos necessários para seu funcionamento. A Uerj também destaca que as bolsas de apoio a alunos vulneráveis foram criadas de maneira emergencial no período da pandemia.
De acordo com a Uerj, na reunião de ontem, a gestão da universidade tentou ainda garantir a desocupação e apontou a necessidade de uma “apuração cuidadosa” sobre danos ao patrimônio da universidade.
Já os organizadores da ocupação marcaram para as 17h de amanhã uma nova assembleia estudantil, para definir os rumos do movimento. O local do encontro não foi divulgado.
Inscreva-se na Newsletter: Notícias do Rio