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Por — Rio de Janeiro

Uma vigília promovida segundo preceitos indígenas, nos jardins da Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, Zona Norte do Rio, marcará o retorno do manto Tupinambá ao Brasil. A veste sagrada, rara e antiga herança de povos originários, foi levada para a Europa no século XVII e estava no Nationalmuseet, em Copenhague, na Dinamarca, desde 1689.

Manto Tupinambá foi exposto em São Paulo, em 2000, e voltou para a Dinamarca depois — Foto: José Luís da Conceição / 30-04-2000
Manto Tupinambá foi exposto em São Paulo, em 2000, e voltou para a Dinamarca depois — Foto: José Luís da Conceição / 30-04-2000

Seu retorno à terra natal, concretizado no início do mês, após longa negociação, ganha celebração entre os dias 29 e 31 de agosto, organizada pelo Ministério dos Povos Indígenas (MPI) em parceria com o Museu Nacional e com o povo indígena Tupinambá.

Os últimos detalhes do ritual para a recepção “do ancião sagrado” — o manto é tradicionalmente considerado um ancestral de seu povo, dotado de grande espiritualidade — devem ser definidos no próximo dia 5, quando haverá uma reunião entre representantes dos Tupinambá e o diretor do Museu Nacional, Alexandre Kellner, na Bahia.

Cerimônia exclusiva

Usada por pajés, a vestimenta é feita com penas de pássaros guará — ave de plumagem com coloração vermelha — amarradas e entrelaçadas através da tecelagem de uma trama de fios vegetais.

A primeira cerimônia de reza para o manto, marcada para o dia 29 de agosto, será exclusiva para lideranças espirituais Tupinambá e os pajés, que terão o dia todo para realizar as atividades de acolhimento, de proteção e de bênçãos devidas ao artefato. O ritual acontecerá na sala onde o manto ficará exposto inicialmente: um ambiente de cerca de 100 metros quadrados no prédio da Biblioteca Central do Museu Nacional.

A peça será exibida ao público a partir do sábado, dia 31 de agosto, às 10h, após uma cerimônia com a presença da ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, além de representantes do povo Tupinambá, dos governos do Brasil e da Dinamarca, e do Museu Nacional.

O manto chegou ao Museu Nacional no dia 11 de julho. Sua devolução foi resultado da articulação entre instituições do Brasil e da Dinamarca, o Museu Nacional e lideranças Tupinambá da Serra do Padeiro e de Olivença (BA).

Até o momento, a peça de 1,2 metro de altura por 50 centímetros de largura foi a única das onze remanescentes a voltar para o Brasil — todas as outras permanecem em instituições na Europa. A repatriação foi empreitada multidisciplinar que envolveu representantes governamentais, povos originários tupinambás, diplomatas e o Museu Nacional, da UFRJ, que ganha uma joia para seu acervo.

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