Cerejeiras de Petrópolis secam antes do previsto e flores de plástico são colocadas no lugar

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Procurada, a prefeitura diz desconhecer a origem das flores artificiais e informa apenas que, desde 2008, em comemoração aos cem anos da imigração japonesa no Brasil, promove o plantio de novas mudas de cerejeiras em parceria com a Associação Nikkei da cidade. Sem dono conhecido, as flores de plástico ajudam a compor a paisagem próximo aos palácios de Cristal e Quintandinha.

Segundo Fabrício Palmeira, especialista em meio ambiente e em equipamentos de controle de poluentes, o aquecimento global pode ser uma das razões pelas quais as árvores não se desenvolveram tanto este ano. Fabrício chama a atenção para o fato de outros países, como o Japão, onde a cerejeira é nativa, também sofrerem com a mesma questão.

— As cerejeiras dependem de fatores climáticos para desencadear sua floração, provocada pela passagem do frio intenso para um clima mais ameno. Com o aumento de vários graus desde os tempos pré-industriais e as mudanças climáticas, a cada ano, o mundo vem relatando fatos como este. Países como Japão e Estados Unidos vêm monitorando fenômenos relacionados à floração das cerejeiras e sua correlação com o aumento de temperatura do planeta — explica.

Para o especialista, as taxas de emissão de gás carbônico em Petrópolis também não são adequadas para essas árvores, que costumam atingir a floração completa entre julho e início de agosto, mas começam a apresentar quedas alguns dias depois: