Governador exonera Marcus Amim da chefia da Polícia Civil; Felipe Curi será o novo secretário

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Os chefes das pastas foram convocados pelo governador ao Palácio Guanabara para serem informados de sua decisão. De acordo com fontes do Palácio, Castro decidiu demitir o então secretário de Segurança devido ao seu descontentamento com a ausência de Marcus Amim nas reuniões de segurança realizadas às segundas-feiras com o núcleo de segurança e secretários. No entanto, o governador não comentou sobre a saída de Monteiro.

As exonerações ocorrem em meio a uma onda de confrontos na cidade e a operações de enfrentamento à criminalidade. Essa é a 4ª troca no comando da secretaria de segurança feita em quatro anos. Antes de Amim, passaram pelo cargo José Renato Torres, Fernando Albuquerque e Allan Turnowski.

Em uma postagem no Instagram, Castro anunciou as mudanças, mas sem muitos detalhes:

"Com o objetivo de fortalecer ainda mais as forças de Segurança do Estado, determinei uma reestruturação importante no secretariado (...) Agradeço aos ex-secretários Marcus Amim e Leandro Monteiro pelo importante trabalho e dedicação ao longo do tempo em que lideraram suas pastas. Com essas mudanças, seguimos firmes no compromisso de servir cada vez melhor a população do Rio de Janeiro", escreveu.

O delegado Marcus Vinícius Amim estava no comando da pasta desde 19 de outubro de 2023. Ele ascendeu ao cargo de chefe da Polícia Civil no ano passado por indicação do presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar (PL), estava insatisfeito com José Renato Torres — que ficou apenas três semanas no cargo. Após a pressão de políticos à época, Castro aceitou o nome do delegado para o comando da instituição.

Para que pudesse ser nomeado, foi preciso a aprovação de um projeto de lei na Assembleia Legislativa para permitir delegados com menos de 15 anos na função assumirem cargos no comando da Secretaria de Polícia Civil.

Antes de ser nomeado como secretário, Amim estava, desde junho deste ano, na presidência do Detran-RJ. Como delegado-titular, Amim comandou a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), a Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) e a 27ª DP (Vicente Carvalho).

O delegado Felipe Curi, atual titular do posto, tem uma longa trajetória como delegado na Polícia Civil do Rio. Ele está como Diretor-geral do Departamento-Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa desde outubro de 2023. Comandou, por duas vezes, direção do Departamento-Geral de Polícia Especializada, subsecretário operacional da Subsecretaria de Planejamento e Integração Operacional (SSPIO) e ocupado as delegacias de Repressão a Entorpecentes (DRE) e Delegacia de Roubo e Furtos (DRE).

Além de ter sido diretor da Departamento-Geral de Polícia da Baixada Fluminense (DGPB).

Entre seus reconhecimentos, foi promovido por Ato de Bravura por planejar, coordenar em campo e executar a Operação Policial, em 2021, que localizou o líder da maior milícia do Rio e um dos criminosos mais procurados do país, Wellington da Silva Braga, o Ecko.

O coronel Leandro Monteiro, secretário de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros, deixou o cargo que ocupava desde 2020. Em seu alugar, assume o coronel Tarciso Antônio de Salles Junior, atual corregedor-geral da Secretaria de Saúde. Em 2021, ele foi secretário de Proteção de Defesa Civil de Magé e, no ano anterior, foi Corregedor do Corpo de Bombeiros.

Salles atuava, até então, como Corregedor-Geral da Secretaria de Estado de Saúde. Foi corregedor do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro em 2019 e 2020, e comandante do 25º BPM, na Gávea, por dois anos.

Também foi secretário municipal de Proteção e Defesa Civil de Magé, em 2021e foi Presidente da Comissão Disciplinar Permanente da Corregedoria-Geral Unificada (CGU) da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, de 2010 a 2015.

Em nota, o governo afirmou que as nomeações serão publicadas em Diário Oficial nesta terça-feira.