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Por — Rio de Janeiro

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GERADO EM: 10/09/2024 - 04:30

Sobrinho de advogado assassinado ferido por tiros no Rio: audiência revela impacto emocional e envolvimento policial.

Sobrinho de advogado assassinado relata ter sido ferido por tiros após o crime no Centro do Rio. Audiência revela medo e impacto emocional. Caso envolve grupo ligado a jogos de aposta. Preocupações com segurança e revelações sobre os réus marcam o julgamento. Crime choca pela violência em local público. Investigação aponta para envolvimento de policiais.

Após seis meses do assassinato do advogado Rodrigo Marinho Crespo, no Centro do Rio, na calçada da sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), começou ontem, dia 9, a audiência de instrução e julgamento do caso no 3º Tribunal do Júri da Capital. Entre as dez testemunhas ouvidas, o sobrinho da vítima Pedro Henrique Tow Crespo Baptista, que presenciou a morte do tio, disse que também foi atingido de raspão no ombro e, desde o ocorrido, em fevereiro, tem medo de trabalhar no escritório.

— Eu e o meu tio tínhamos o costume de, pelo menos duas vezes na semana, descer para lanchar ali embaixo da OAB. No dia do assassinato, eu até vi o carro branco parado, mas a gente não imaginou que uma coisa dessas pudesse acontecer. Quando ouvi os barulhos e percebi que era tiro, me joguei atrás de um carro para me proteger e acabei levando um tiro de raspão no ombro — lembra Pedro Henrique na audiência de instrução e julgamento.

Os dois trabalhavam juntos no mesmo escritório desde 2015. Ainda segundo o relato do sobrinho, ele não consegue mais frequentar o local como antes.

— Eu fiquei com medo, não vou mais lá. No máximo, duas vezes na semana para resolver alguma coisa. Meu tio tomou 18 tiros do meu lado, eu ter sido atingido só de raspão foi quase nascer de novo — conta Pedro Henrique.

No relato, o sobrinho afirma acreditar que o tio não suspeitava que pudesse ser assassinado.

— O meu tio era um cara medroso, pelo que conhecia dele, acho que se ele suspeitasse que estava sofrendo algum risco, ele ia mostrar estar nervoso. Ele não comentou que tivesse problema com ninguém. A única coisa que eu sabia era que ele estava com problemas financeiros, tinha vendido o carro dele (do modelo Mercedes) e estava só andando de carro de aplicativo, mas os comentários dele sobre essa baixa na situação financeira eram comentários normais e parecia ser uma coisa de momento — relatou o sobrinho, que preferiu ser ouvido sem a presença dos réus.

Além de Pedro Henrique, mais nove testemunhas foram ouvidas no primeiro dia de audiência de instrução. A previsão é de que nesta terça-feira até a próxima sexta-feira, dia 13, mais 23 testemunhas sejam ouvidas, além do interrogatório, ao final, dos três réus. Por se tratar de um caso de repercussão nacional, o magistrado pediu reforço na segurança do tribunal. Segundo revelou o blog Segredos do Crime, há suspeita de os réus terem vínculos com o crime organizado.

A audiência será dos réus: o policial militar Leandro Machado da Silva, conhecido como Cara de Pedra; Cezar Daniel Mondêgo de Souza, o Russo; e Eduardo Sobreira de Moraes. Os dois últimos foram flagrados por imagens de câmeras, obtidas pelos investigadores, vigiando e monitorando o advogado por dias seguidos, até momentos antes do assassinato.

Relembre o caso

O crime ocorreu em 26 de fevereiro, às 17h15, na Rua Marechal Câmara, próximo às sedes da OAB, da Defensoria Pública e do Ministério Público. Rodrigo foi assassinado na calçada por um homem encapuzado, que saiu de um carro branco, em plena luz do dia. Nem as câmeras do local inibiram a ação dos criminosos. No mês seguinte, a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) conseguiu identificar e prender os acusados de monitorar a vítima.

Até o momento, a polícia prendeu três acusados do homicídio, mas ainda falta chegar aos executores e mandantes. Ao puxar o fio do novelo para investigar a morte de Rodrigo, a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) se deparou com um grupo de extermínio formado, em sua maioria, por policiais militares do 15º BPM (Caxias), segundo o blog Segredos do Crime.

De acordo com as investigações, houve divergências nas versões dos acusados, mas as provas obtidas pela polícia, como imagens, depoimentos de testemunhas e perícias nos celulares dos investigados, trouxeram evidências suficientes para refutar as falsas declarações de Machado, Mondêgo e Sobreira.

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