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Reveladas novas denúncias de três mulheres contra o vereador do Rio e youtuber Gabriel Monteiro

Nova reportagem do Fantástico mostra vítimas que acusam o político de estupro e de uso de arma para fazer ameaças
O vereador do Rio Gabriel Monteiro, ao sair da Câmara Municipal Foto: Alexandre Cassiano em 31-03-2022
O vereador do Rio Gabriel Monteiro, ao sair da Câmara Municipal Foto: Alexandre Cassiano em 31-03-2022

RIO — Após a Polícia Civil abrir investigação contra o youtuber, ex-PM e vereador do Rio Gabriel Monteiro (PL) para apurar denúncias de assédio e importunação sexual, o Fantástico, da TV Globo, revelou no último domingo novas denúncias de estupro de três mulheres contra ele. Desde que as primeiras acusações vieram à tona , há uma semana, dez marcas deixaram de patrocinar o parlamentar, que também teve fuzis usados pela sua escolta recolhidos .

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A reportagem mostrou o relato de uma das vítimas:

—  Tava me machucando. Tava sangrando. Ele não parava — disse uma delas, acusando o vereador.

Os motivos de essas denúncias terem ficado apenas na memória das vítimas até agora são os mesmos de sempre, a vergonha e o medo.

Um dos casos pelos quais Gabriel Monteiro está sendo acusado aconteceu antes mesmo de ele ser eleito vereador, em 2020, quando ele era policial militar.

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Ele teria chamado a vítima, uma jovem de 16 anos, para uma festa, que não existia. Já na casa dele, ela teria visto Gabriel espancar uma mulher, que tinha caído na mesma mentira.

— Ele veio em cima dela, deu um tapa na cara dela, agarrou pelo pescoço e mandou ela calar a boca —  e completou: — Ele simplesmente pegou a arma que tinha na cintura e botou na cabeça dela.

Quando a jovem agredida falou que iria denunciá-lo, o vereador teria retrucado:

— Você acha mesmo que o Estado vai acreditar em você, uma menina de 16 anos que veio para cá porque quis?

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Gabriel Monteiro respondeu, em nota, dizendo que se trata de “uma acusação frágil, sem datas, nomes, documentos ou qualquer outro indício de materialidade”, e nega “categoricamente ter cometido qualquer crime desta e de qualquer outra natureza”.

Uma terceira vítima ouvida pelo Fantástico relata ter sofrido abuso em 2017, enquanto Gabriel Monteiro ainda era da Polícia Militar. A relação, até então consensual, virou abusiva quando ele começou a dar tapas, socos e filmar a vítima.

— A gente sempre frequentou as mesmas festas na adolescência. E decidimos ficar. Logo depois, nós dois decidimos ir pro carro dele que estava do lado da casa de festas. Estacionado. E começamos o ato sexual, até então consentido, porém, até um certo momento em que ele começou a me dar tapas, socos, a me filmar com o telefone. O tempo inteiro eu empurrava o celular, mas ele, mesmo assim, me filmava, tentava filmar minhas partes e meu rosto. Eu comecei a gritar muito e ele pegou a arma e colocou a arma no freio de mão. Próximo ao freio de mão. E eu comecei a me debater, me debatia. Só que ele conseguiu fazer a penetração, tudo, sem camisinha. E, um certo momento, ele colocou a arma na minha cabeça mandando eu ficar quieta — relata a vítima ao Fantástico.

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Agora, segundo a reportagem, a família decidiu levar o caso ao Conselho de Ética da Câmara de Vereadores do Rio. Hoje, os integrantes do conselho vão se reunir com o procurador-geral de Justiça do Rio, Luciano Mattos, e com os promotores que abriram investigações contra Gabriel Monteiro . Além das denúncias de assédio, Gabriel Monteiro também é acusado de manipular os vídeos . O Ministério Público do Rio vai investigar também se o vereador usou funcionários públicos para fins privados.

O vereador Gabriel Monteiro é acusado de encenar e 'dirigir' o que era filmado para os vídeos de seu canal no YouTube. Na versão editada de publicação, criança a diz que está sem comida. No entanto, parlamentar foi quem pediu para a menina dizer que estava sem se alimentar
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