RIO — O governador Wilson Witzel chegou à Ponte Rio-Niterói por volta das 9h40 desta terça-feira, após o sequestrador ser atingido pelo sniper do Batalhão de Operações Especiais ( Bope ). O homem foi identificado como William Augusto da Silva, de 20 anos. Ele manteve 37 pessoas presas no ônibus executivo da Viação Galo Branco por quase quatro horas. Witzel conversou com os passageiros, momentos após chegar no local, e realizou uma oração pela família do sequestrador .
LEIA : Sequestrador segurava isqueiro e ia incendiar ônibus quando foi morto por 'sniper', diz Witzel
Veja o momento em que o governador fala com os reféns, ainda no interior do ônibus:
— (O rapaz) tem algum desequilíbrio. Por isso que todos os dias o que a gente quer não é pregar a violência. Jamais peço isso. Em todas igrejas que vou, espero colocar Deus na vida dessas pessoas. Aqueles que são evangélicos, cristãos, ou de qualquer religião. Espero que os senhores e as senhoras saiam daqui hoje com essa missão de colocar Jesus e Deus no coração das pessoas, para não termos mais episódios como esse e que não tenha mais perdas de vidas humanas. Lamento muito pela morte do sequestrador, mas não tinha outra alternativa. Era ele ou os senhores e as senhoras. Então nós tivemos que tomar essa decisão e, felizmente, nenhuma vítima morreu — disse o governador.
VEJA : Polícia prende homem que diz ser comparsa de sequestrador de ônibus
Durante a coletiva de imprensa feita no Palácio Guanabara, o governador revelou também que fez uma oração com os reféns que ainda estavam dentro do ônibus após o sequestrador ser abatido.
— Tomamos a iniciativa de fazer uma oração pelo falecimento dessa pessoa que tomou a decisão de colocar em risco outras vidas humanas e desrespeitar a lei. Fizemos uma oração, o Pai Nosso.
Comemoração
Análise : 'Gol' de Witzel vem em um de seus piores momentos
Witzel comentou a cena em que ele aparece comemorando após deixar o helicóptero que o levou a Ponte. Ele disse que não pode se conter:
— Se erros acontecem, temos que corrigir. Hoje, Graças a Deus, não houve erro. No momento que desci do helicóptero a população aplaudiu, não pela morte do criminoso, mas por termos salvo vidas humanas. Não pude me conter ao ver que nenhuma vítima foi atingida pelo criminoso, que ameaçava se jogar da Ponte com um dos reféns.