Web Summit Rio
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Por — Rio de Janeiro

O inverno doloroso experimentado pelas startups, desde que os fundos globais de venture capital (capital de risco) colocaram o pé no freio para navegar no ambiente de juros altos no mundo, está agora mais perto do fim. O setor viu uma queda significativa nos aportes após o auge em 2021, mas deve experimentar portas abertas a partir do segundo semestre deste ano e início de 2025.

Este foi o panorama apontado por gestores de venture capital no painel "O estado do venture capital em 2024", com a presença de Magnus Grimeland, CEO da Antler, e Laura Constantini, sócia da Astella, em conversa mediada por Brad Haynes, chefe da sucursal brasileira da Reuters News.

Segundo Laura, os investidores estrangeiros tem observado o ecossistema brasileiro de startups e buscado empresas mais maduras e com melhor desempenho. Eles estão de olho nos negócios locais e têm conversado com outros gestores de fundo para se posicionar da melhor forma possível no Brasil:

— Vamos ver um impulso positivo em breve. A maior parte dos investidores brasileiros ainda está aguardando. A maioria dos nomes que conhecemos aqui vão voltar a capitalizar no mercado na segunda metade desse ano. Tem mais um tempinho até a gente ver esse retorno da liquidez — afirma Laura Constantini, cofundadora e sócia da gestora de venture capital Astella.

O ambiente de negócios também deverá ser mais positivo este ano para aquelas empresas que prosperaram durante o auge de 2021, quando os juros estavam baixos no mundo e capitalistas de risco injetaram milhares de dólares em projetos envolvendo tecnologia.

De acordo com a executiva, as startups que conseguiram recursos na época agora são empresas muito competitivas:

— A maioria dos concorrentes delas desapareceu. Quem fazia captação de recursos antes, agora tem cenário de crescimento propício — afirma Laura.

Momento é oportuno para aporte em startups iniciais

Enquanto os fundos de capital risco não retomam os aportes, Magnus Grimeland, CEO da Antler, lembra que o momento final de rigidez do ciclo pode ser oportuno para as startups em estágio inicial.

— O montante de capital a ser alocado numa empresa aumenta com o tempo. Então, o valor que você precisa pra entrar numa operação agora é mais baixo. Temos muitos VCs (sigla em inglês para investidores de risco) no Brasil, mas também temos investidores-anjo e corporativos.

Ele continua:

— Há outras fontes que dá pra acessar durante esses anos em que as empresas estão mais recatadas, para fazer com que as startups consigam passar pelos primeiros três anos de vida, para aquele "empurrão" funcionar. (...) Quem estiver pensando em investir em startups iniciais, diria que é melhor fazer isso agora do que depois.

Onda da IA traz oportunidades

Questionados sobre o potencial da inteligência artificial, os gestores destacaram que a tecnologia traz oportunidades de investimento.

Grimeland, da Atnler, vislumbra oportunidades de negócios em três categorias diferentes de empresas. Ele explica que a primeira está mais na "base", que é a criação de serviços vinculados à infraestrutura, como armazenamento de dados e gestão de informações. Já a segunda categoria são aplicações que funcionam em cima da infraestrutura, com foco em resolução de problemas do cliente.

— A IA é uma das grandes oportunidades (para as startups) — conclui.

Laura, da Astella, concorda:

— Vamos ver muitos aplicativos sendo formados em cima dessas plataformas (de IA). E tem muitas pessoas recebendo essa capacitação. O Brasil sem dúvida está em plena ebulição.

A cobertura do Web Summit Rio 2024 na Editora Globo é apresentada pelo Senac RJ e Itaú, com o apoio da Prefeitura do Rio | InvestRio.

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