Alexandra Forbes
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GERADO EM: 12/07/2024 - 04:30

Doceira Isabella Suplicy: da advocacia aos doces

A doceira Isabella Suplicy largou a carreira de advogada para se dedicar aos doces, conquistando famosos e alta sociedade. Com sua família, ela criou clássicos como brigadeiro e bolos, tornando-se referência no ramo.

Por que criança gosta tanto de doce? Desconheço os estudos científicos que explicam como e por que nosso paladar muda com a idade. Só sei que amo amargor e perdi a vontade de comer sobremesa faz muito tempo. Até no café da manhã prefiro salgados (hoje matei um vidro de requeijão!). Doces, só nas horas solitárias, antes de dormir ou ao procrastinar, quando um texto não quer sair. Nunca sinto desejo de chocolates caros, daqueles orgânicos com alto teor de cacau, nem sobremesas ou pâtisseries chiques. Doce bom, para meu gosto, é doce que remete à infância — a começar pelo brigadeiro dourado da Isabella Suplicy.

Para o público, ela é a doceira dos famosos (Claudia Raia, Bernie Ecclestone, Anitta, Sasha Meneguel, Ronaldo Fenômeno etc.) e das madames da alta sociedade, cuja privacidade ela preserva a sete chaves. Para mim, é a Isa, adorada amiga de infância em quem penso todo 12 de julho, seu aniversário. E que largou a carreira de advogada e converteu em cozinha a garagem da casa dos pais, arriscando-se no negócio de bolos e doces em 1995.

— Meu grande empurrão foi a matéria que você escreveu — ela me disse hoje. — A Patricia Rollo, minha primeira grande cliente, me descobriu assim. Depois, me apresentou e indicou para São Paulo inteira.

Isa construiu carreira brilhante e um negócio de família: mãe e irmã nas lindas decorações comestíveis, pai nas finanças, filha na criação da linha sem glúten. A cozinha, hoje imensa, tem até garagem subterrânea. Já despachou bolos para quase todo o Brasil (“só para Acre, Amapá e Rondônia que ainda não”). Se muito mudou, ela sabiamente preservou meus clássicos favoritos: bolo de coco com calda de baba de moça, brigadeirão e as cocadinhas das quais Silvia, a Rainha da Suécia, é fã.

Seu primeiro best-seller foi criado quando a filha da Patrícia, então noiva, a pediu para criar um “brigadeiro chique” para seu casamento. Assim nasceu a bolota achocolatada e iridescente, molinha por dentro, que Isa chama de trufa ouro — e eu, de bombom da felicidade.

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