Cinema
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Por Mario Abbade

Apesar da bilheteria estratosférica e das nove indicações ao Oscar, com três vitórias, “Avatar” (2009) sempre foi considerado um lindo espetáculo visual, mas com pouca substância. “Avatar: O caminho da água”, sequência feita 13 anos após o primeiro filme, chega ao circuito com certa desconfiança por parecer mais do mesmo e ainda por cima com uma longa duração. Só que desta vez o diretor e corroteirista James Cameron conseguiu finalmente agregar uma narrativa emocionante à produção, e o resultado é que é impossível desgrudar os olhos da tela e os 192 minutos passam sem que o espectador sinta qualquer desconforto.

Na história, anos se passaram desde que Jake Sully (Sam Worthington) uniu o povo Na’vi de Pandora e conseguiu expulsar os colonizadores humanos. Depois de ser permanentemente transferido para seu avatar, Sully vive em paz com a mulher (Zoe Saldana), dois filhos e duas filhas. Quando uma ameaça do passado retorna com o objetivo de levá-lo preso, Sully resolve fugir e seguir para o mar, onde encontra os Metkayina, tribo liderada por Tonowari (Cliff Cuirtis) e Ronal (Kate Winslet). Lá, ele consegue formar alianças com o objetivo de enfrentar a guerra que está em curso.

Contar mais da trama seria estragar algumas surpresas e reviravoltas interessantes da narrativa. Ficam claros temas que James Cameron trabalha como a preocupação com o meio ambiente, a importância da família e a necessidade aprender a viver em comunidade, aceitando as diferenças. A relação entre filhos adolescentes e pais também estimula debates bacanas. Com essa abordagem mais intimista e muitos elementos que geram identificação, Cameron consegue que o espectador fique imerso na história.

Apesar das referências à guerra do Vietnã, entre outras em que os EUA vivem se metendo, a grande sacada de “Avatar: The way of water” (no original) foi focar nos personagens com sentimentos extremamente humanos: amor, sofrimento, felicidade, luto, desejos, dúvidas e aflições. Isso funciona também gracas à técnica soberba usada no longa para capturar as emoções de todo o elenco. Nas cenas de drama ou nas eletrizantes sequências de ação, principalmente no terceiro ato, tudo é tão crível e real que o público irá acreditar que realmente Pandora e seus habitantes existem.

Para atingir esse nível de imersão, o filme precisa ser assistido na tela grande. Os efeitos visuais e sonoros são surpreendentes. Só que, desta vez, nunca é demais lembrar, toda essa técnica está a serviço de uma história cativante. Mas o sucesso do projeto nas bilheterias vai depender de parte do público superar o receio criado pelo primeiro filme.

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