Cinema
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Por — Rio de Janeiro

No Brasil, o nome do fisico J. Robert Oppenheimer não tem o impacto nuclear que tem nos Estados Unidos. Lá ele é lembrado como o “pai da bomba atômica”, um cientista brilhante que liderou a equipe que desenvolveu a arma de destruição em massa lançada sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagazaki, em agosto de 1945.

Imediatamente após os ataques que mataram entre 130 mil e 225 mil pessoas, o patriotismo americano enxergou o feito como a solução que deu fim à guerra e celebraram Oppenheimer como herói nacional. Mas logo a ficha caiu: junto à bomba, veio a paranoia, medo e incertezas sobre o futuro da Humanidade.

Esse personagem paradoxal está no centro do belíssimo “Oppenheimer”, de Christopher Nolan, um diretor famoso por dar algum relevo mais intelectual a blockbusters cheios de efeitos especiais (por exemplo: “Batman: O Cavaleiro das Trevas”, “Interestelar” e “Dunkirk”). No novo filme, Nolan capricha na criação do protagonista (Cillian Murphy) e na ambientação de um período entre a Segunda Guerra e a Guerra Fria.

Desde o primeiro minuto, “Oppenheimer” preenche todos os espaços com imagem e som, para transportar o espectador àquele momento da História. De tão bem realizado, é quase uma experiência imersiva.

Em paralelo, o filme nos leva a uma ótima reflexão sobre o sentido da guerra. Um dos argumentos para o uso da bomba era que ela garantiria a paz nos anos seguintes — um discurso extremamente ingênuo, como nos lembra Vladimir Putin em suas ameaças nucleares na Ucrânia. Como mostra o filme, próprio Oppenheimer envelheceu atormentado por sua criação, constantemente se perguntando se um dia seria perdoado.

Na forma interessantíssima como o retratou, Nolan oferece compreensão e, enfim, algum tipo de perdão

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