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Carolina Maria de Jesus: traduzida em 16 idiomas — Foto: Divulgação
Carolina Maria de Jesus: traduzida em 16 idiomas — Foto: Divulgação

Amanhã o Rio ganha um novo circuito cultural: o Madureira de Portas Abertas. O bairro da Zona Norte comemora o Dia do Professor com 15 programas culturais em diferentes pontos da região, como Praça Paulo da Portela, o Viaduto Negrão de Lima e a Arena Carioca Fernando Torres, no Parque Madureira. É lá, aliás, que estreia uma das principais atrações: a mostra “Carolina Maria de Jesus: um Brasil para os brasileiros — Ocupação MAR”, parceria do Museu de Arte do Rio com o Instituto Moreira Salles, viabilizada pela Secretaria Municipal de Cultura do Rio, que toca o projeto. Trata-se de um recorte da exposição de mesmo título que esteve em cartaz na sede paulistana do IMS.

Com curadoria da historiadora Raquel Barreto e do antropólogo Hélio Menezes, a ocupação pretende apresentar a autora de “Quarto de despejo” além da imagem de “escritora-favelada”, repetida ao longo das últimas décadas. Nascida em Sacramento (MG), em 1914, Carolina migrou para São Paulo, foi catadora de papel e empregada doméstica e viveu no Canindé, na Zona Norte da cidade. Após aparecer em uma reportagem do jornalista Audálio Dantas, publicou, em 1960, “Quarto de despejo”, compilação dos cadernos escritos na favela, que se tornou um best-seller traduzido para 13 idiomas. Embora tenha transitado por diversos gêneros literários (romance, poesia, teatro, provérbios), tornou-se mais conhecida como escritora de diários e teve dificuldades para se livrar da pecha de cronista da pobreza.

Segundo Raquel Barreto, por meio de fotos, textos e até um vestido confeccionado pela escritora, a ocupação pretende revelar as múltiplas facetas de Carolina: a mãe, a mulher vaidosa que gostava de exibir os cabelos, a escritora consciente do racismo, a multiartista que gravou um disco e pensava até em ser atriz.

— Queremos mostrar Carolina como ela gostaria de ser representada. Em uma reportagem, a escritora Zélia Gattai escreveu que Carolina tinha um nome feito de lantejoulas. É essa Carolina poética e lúcida que queremos mostrar — diz Raquel, que ressalta ainda a relação da escritora com os movimentos negros. — Como escritora negra, ela não pode ser reduzida a narrativas sobre precariedade e exclusão. Ela tratou, sim, de assuntos que interessam à população negra, mas também de temas universais.

O Madureira de Portas Abertas também recebe um penetrável inédito de Hélio Oiticica, instalação em escala humana que pode ser atravessada pelo público. Batizada de “Macaleia”, a obra homenageia Jards Macalé e fica exposta na parte externa da Arena Fernando Torres.

Entre as atrações gratuitas espalhadas pelo bairro tem ainda as rodas de samba Criolice (das 17h às 20h, também na Arena) e Colo de Mãe (embaixo do Viaduto Negrão de Lima, das 19h às 22h) e mostra de teatro lambe-lambe (das 15h às 17h, no Parque Madureira).

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