Rio Show
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Por Silvio Essinger — Rio de Janeiro

Quando Pitty participou do álbum “Jardim-Pomar” (2016), de Nando Reis, ela ganhou do cantor uma das bromélias de sua coleção.

— Foi aí que descobri que ele gostava muito de plantas, e a gente conversou muito sobre isso. A bromélia continuou lá em casa, e durante a pandemia se teve alguém que se deu bem foram as plantas. Um dia ela estava muito linda e eu aproveitei para mandar uma foto dela para o Nando — conta Pitty, ao explicar a gênese de “As suas, as minhas, as nossas”, o primeiro show da dupla que chega ao Rio sábado, no Qualistage.

A foto serviu de mote para que o cantor comentasse o quanto tinha gostado da versão dela para sua “Relicário” e a convidasse para gravar o dueto “Um tiro no coração”, no ano passado. Logo, os dois estavam tramando o show conjunto, com o qual estão correndo o Brasil e que não deve ter mais do que 25 apresentações.

— Tem que ser agora, porque daqui a pouco a gente está fazendo outra coisa! — alerta a cantora, que esta semana se encontrou em estúdio em São Paulo com o cantor para gravar a primeira parceria da dupla, “PittyNando”, a música-símbolo do projeto, com a qual, por sinal, eles fazem a abertura do show.

Em “As suas, as minhas, as nossas”, Pitty e Nando resolveram montar uma banda com músicos de suas respectivas bandas. Ela trouxe Martin Mendonça (guitarra), Daniel Weksler (bateria) e Paulo Kishimoto (lap steel e percussão), e ele, Felipe Cambraia (baixo) e Alex Veley (teclados).

— O conceito do show é a fusão dos nossos trabalhos, não é apenas nós dois juntos no palco — explica Nando Reis. — Somos nós dois criando o show a partir dos nossos repertórios, com outros arranjos. Desde o começo resolvemos fundir as bandas para ver o resultado dessa soma e trabalhar com os deslocamentos, emprestando um para o repertório do outro as suas marcas.

Para Pitty, a fusão tem sido “muito natural, muito gostosa”.

— É uma terceira banda mesmo. Você não escuta Pitty ou Nando, você escuta PittyNando — analisa. — As pessoas me perguntam como é agora cantar com ele, com aquele cara que cantava aquelas músicas... mas são vários Nandos no tempo e espaço, assim como são várias eus. A gente se encontra nesse tempo presente com toda a bagagem que a gente tem.

O grande desafio, no entanto, foi escolher quais as canções de cada um dos repertórios iriam estar no roteiro final do show. Segundo Pitty, acabaram entrando “as que podem ser e as que combinam”.

— A gente foi encontrando novas formas de reposicionar as nossas canções — conta ela. — São as músicas que as pessoas conhecem, mas de um jeito que elas nunca ouviram. A melodia é a essência da música, e ela pode vestir diversas roupas. E a gente foi muito cuidadoso nesse aspecto musical, para proporcionar uma experiência sensorial.

Já Nando recorre à analogia com o futebol: “É o time titular, só que jogando em posições diferentes”. E Pitty dá os exemplos práticos.

— O show tem umas pérolas, como Nando interpretando “Temporal” ou “Na sua estante”, da qual ele conseguiu se apropriar de um jeito rico, sem deturpá-la — revela a cantora, que surpreendeu o parceiro com a releitura da sua “All star” e com a sua disposição (e habilidade) para a dança. — A gente está muito bailarino! Mas é porque é um show animado, bom de dançar. Descobrimos outras coisas sobre nós mesmos no palco. O Nando até optou por tocar pouco violão, o que só abriu espaço para o quadril.

O cantor garante que “As suas, as minhas, as nossas” não é, de maneira alguma, um show de revisitação de passados gloriosos.

— Na verdade, utilizamos tudo aquilo que fizemos para trabalhar neste momento de agora. Há uma enorme afinidade com a Pitty que eu confesso ter descoberto na prática, embora já intuísse, pela enorme admiração que tenho pelo trabalho dela — conta. —Dada agora a quantidade de horas de convivência e da amizade desenvolvida a partir desse encontro, a execução do show se dá com sensibilidade e naturalidade. Vejo na Pitty semelhanças na maneira como conseguia me sentir ao lado da Cássia Eller. Não consigo me sentir à vontade ao lado de qualquer um, e a gente trabalhou muito bem

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