Shows e concertos
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Por e — Rio de Janeiro

Uma década após sacudir a lona da Lapa pela última vez, a cantora, compositora e ministra da Cultura, Margareth Menezes, retorna ao Circo Voador nesta sexta-feira (8), Dia Internacional das Mulheres, entoando hits de seus 35 anos de estrada, como “Faraó” e “Dandalunda”. Quem abre os trabalhos da noite é a roda Samba Que Elas Querem, formada só por mulheres.

— Hoje, ainda bem, existem mais mulheres na música do que quando comecei. Ainda é pouco no sentido de equidade de gênero, mas já há uma estrada aberta — comemora a baiana, conhecida por seu afropop. — Naquele momento, eu era uma das poucas mulheres negras que tinha uma postura mais urbana. Eu fazia cena, tocava guitarra e sempre tive um comportamento meio assim. Minha postura sempre foi mais enérgica, mais rock'n'roll, mais rebelde. Essa sempre foi a minha maneira de ser.

Apesar da inclinação às sonoridades urbanas e contemporâneas, as inspirações da artista vêm de raízes diversas, com destaque para artistas mulheres. A mãe a apresentou à voz Ângela Maria, Rainha da Rádio, enquanto o pai a introduziu à cena do forró com Marinês e Sua gente, Rainha do Xaxado, com quem chegou a gravar a faixa "Rompeu Aurora".

— Sempre ouvi muita música e isso me inspirou muito. Como não falar de Gal Costa, Elis Regina, Zezé Motta, Rita Lee, Maria Bethânia, Clara Nunes, Alcione? —lembra Margareth Menezes. —Tem uma geração um pouco mais próxima de mim, como Sandra de Sá, Zizi Possi, Elba Ramalho, que sempre teve essa coisa nordestina, mas ao mesmo tempo muito pop. Também Marina, Diana Pequeno, Maria Alcina, Elza Soares, essa fênix na música.

Onde: Circo Voador, Lapa. Quando: Sex, a partir das 20h. Quanto: R$ 80 (com 1kg de alimento). Classificação: 18 anos. Assinantes O GLOBO têm 50% de desconto.

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