Shows e concertos
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Por — Rio de Janeiro

Se para Mônica Salmaso, “a música brasileira explicita o que existe de mais bonito no nosso país”, o seu ofício é uma forma de — literalmente — dar voz a isso. Recém-saída de uma turnê com Chico Buarque e depois de fazer shows “temáticos” — dedicados aos repertórios de Milton Nascimento e Elizeth Cardoso, entre outros —, a intérprete estreia sábado, em terras cariocas (no Vivo Rio), “Minha casa”. Uma “casa” que não é só dela, diz:

— Criando esse show, fiz um resumo da minha “volta para casa”, que não é muito diferente da de outras pessoas. Sofremos muitas transformações nos últimos anos. A arte foi posta em linha de tiro e tivemos dúvidas em relação à nossa identidade brasileira. Tudo isso transforma a gente.

Com esse novo espetáculo, Mônica, que tem 30 anos de carreira, pretende resgatar essa identidade. Influenciado também pelo projeto “Ô de casas”, nascido durante a pandemia e no qual ela produziu duetos virtuais, ele chega ao palco com 22 canções. No repertório, ela mistura Lula Queiroga (“Noite severina”) com Dori Caymmi (“Quebra-mar”), músicas da carreira com outras que nunca gravou, letras que abordam questões sociais, como o racismo presente em “Morro Velho” (Milton Nascimento), com outras mais pessoais.

— Não sou muito vaidosa. Me arrumo, compro uma roupa bonita, tenho capricho, claro (risos), mas a coisa de estar no palco e aparecer não é exatamente o meu negócio — comenta a intérprete, que se diz tímida. — Só não tenho timidez em mostrar as músicas. Isso é tudo o que eu quero fazer. Fico louca de amor.

Onde: Vivo Rio, Parque do Flamengo. Quando: Sáb, às 21h. Quanto: De R$ 120 (frisas) a R$ 180 (setor 2). Via Sympla. Classificação: 18 anos.

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