Shows e concertos
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Por Ricardo Pinheiro — Rio de Janeiro

Se a previsão é de frio nos próximos dias (no sábado, segundo o Inmet, a mínima no Rio será de 16 °C), o público do Prio Festival de Inverno pode esperar muito calor vindo do palco. Neste e no próximo fim de semana, nomes como Maria Bethânia, Pitty, Samuel Rosa, Ferrugem, Criolo e Xande de Pilares prometem esquentar o público na sexta edição do evento.

E, para que a pista fique ainda mais quente, os organizadores buscaram organizar o line-up de um jeito em que as “tribos” ficassem juntas. É assim no sábado, com o rock de Paralamas, Samuel Rosa e Nando Reis, e no domingo, com o pagode/pop de Ferrugem, Pedro Sampaio e Alexandre Pires. Mas, como toda regra tem uma exceção, a estreia, amanhã, com ingressos já esgotados, será com três gerações e estilos musicais diferentes. Duda Beat, Maria Bethânia e Pitty dão vez (e voz) à diversidade feminina nordestina. Diversidade essa celebrada pela matriarca do evento, a abelha-rainha da MPB.

— Eu aplaudo as duas intérpretes: Pitty baiana, como eu, e Duda Beat, pernambucana. Acho que as músicas que elas fazem já são compreendidas dentro da MPB. É “nariz empinado” achar que não. Adoro mistura e coisas diferentes sendo apresentadas, principalmente em um festival — diz Bethânia, que dá o tom da sua apresentação, que começa com “Gema”, “Um índio” e “Salve as folhas”. — O espetáculo que estou fazendo é de força e energia muito quente. São canções que são praticamente uma só canção. Tenho gostado de cantar o que tem mexido com o meu espírito, com o meu pensamento, com os meus desejos. Tenho cantado para as florestas, para as folhas, pedindo misericórdia para o Brasil.

Pitty, que está rodando o Brasil com a turnê de 20 anos de seu álbum de estreia, “Admirável chip novo”, encerra a primeira noite cantando “Teto de vidro”, “Máscara” e “Equalize”, que têm levantado os fãs por onde passa. A cantora comemora a atualidade das canções:

— Acho que essas letras dialogam com o atemporal. As questões ali têm a ver com desejos e angústias do ser humano que ecoam através do tempo. Pessoas me dizem que as músicas fazem mais sentido para elas agora do que quando ouviram pela primeira vez, em 2003. Isso é maravilhoso.

Sábado, além do rock, prevalece também a amizade entre os artistas. É que se apresentam Paralamas, em turnê pelos 40 anos de carreira, Nando Reis, que em outubro volta à pista com a turnê de reencontro dos Titãs, e Samuel Rosa, que comemora aniversário no palco no primeiro grande show depois do fim do Skank, do qual fez parte por mais de 30 anos.

— É bom passar o aniversário fazendo o que eu mais gosto. Esse show é simbolicamente importante não por isso, mas por ser a primeira vez que me apresento no Rio depois do fim do Skank. Vou dar o meu melhor — garante o cantor, que fará 57 anos.

No repertório, além de hits da banda, como “Jackie Tequila” e “Balada do amor inabalável”, Samuel cantará músicas que nunca tinha apresentado ao vivo, como “Tarde vazia”, do Ira!, e “Não vou ficar”, do Tim Maia, e covers de artistas como Jorge Ben Jor e Johnny Nash.

João Barone, baterista dos Paralamas, celebra o momento que o grupo vive, com a agenda lotada — comprovando que a sua música, como diz o baterista, “não tem data de validade”.

— Somos privilegiados de termos começado há 40 anos e ainda estarmos na estrada — afirma Barone, que falou também sobre os shows cancelados, no último fim de semana, devido à internação de Herbert Vianna por pneumonia bacteriana. — O Herbert deu uma freada rápida para poder voltar bem aos palcos, e é isso que vai acontecer.

Também cheio de gás, Ferrugem é uma das atrações de domingo. Após estourar, em 2015 com o hit “Climatizar”, vem se firmando na cena musical não só do pagode, mas também do pop, com parcerias com Luísa Sonza e Iza.

— O line-up mistura vários gêneros musicais, do jeito que nós, brasileiros, gostamos. Canto no mesmo dia que o mestre Alexandre Pires e o Pedro Sampaio, dois artistas que admiro e com quem já fiz músicas (“Só pra ela” e “Forasteiro”, respectivamente) — afirma o cantor, que mostra o show da turnê “Meu mundo”.

No segundo fim de semana, o festival — que tem ainda atrações interativas, como games que simulam a prática de ski e snowboard e uma cabine com uma “tempestade de neve” — volta com Armandinho, Criolo, Marcelo Falcão, Bala Desejo, Seu Jorge e Natiruts, antes de tudo acabar em samba, no domingo (23), com Diogo Nogueira, Xande de Pilares e Belo.

Para os ansiosos de plantão, Péricles Mecenas, o Peck, sócio-diretor da Peck Produções, responsável pelo evento, deu ao Rio Show um spoiler da próxima edição do festival, no ano que vem, que vai ter, pela primeira vez, Djavan e Thiaguinho.

Programe-se

Marina da Glória. Sex: Esgotado. Sáb: R$ 105 (pista, com doação de casacos ou cobertores); R$ 165 (pista premium, com doação de casacos ou cobertores). Lounge open bar esgotado. Dom: R$ 85 (pista, com doação de casacos ou cobertores); R$ 145 (pista premium, com doação de casacos ou cobertores) e R$ 245 (lounge open bar, com doação de casacos ou cobertores).

Line-up

  • Sexta-feira, 14: DJ Carol Emmerick (18h), Duda Beat (21h), Maria Bethânia (23h) e Pitty (1h).
  • Sábado, 15: DJ Zedoroque (16h), Paralamas do Sucesso (19h), Samuel Rosa (21h) e Nando Reis (23h).
  • Domingo, 16: DJ Nicole Nandes (14h), Ferrugem (17h), Pedro Sampaio (19h) e Alexandre Pires (21h).
  • Sexta-feira, 21: DJ Carol Emmerick (18h), Armandinho (21h), Criolo (23h) e Marcelo Falcão (1h).
  • Sábado, 22: DJ Zedoroque (16h), Bala Desejo (19h), Seu Jorge (21h) e Natiruts (23h).
  • Domingo, 23: DJ Nicole Nandes (14h), Diogo Nogueira (17h), Xande de Pilares (19h) e Belo (21h).

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