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Quem for à Praia de Copacabana neste sábado vai poder ver — e ouvir — que, para Martinho da Vila e Mart’nália, o erudito e o popular são dois versos de uma mesma moeda. “É tudo a mesma coisa”, diz a cantora, sobre o encontro entre o samba e a música de orquestra. Pai e filha se apresentam de graça nas areias junto à Sinfônica Pop Arte Viva, sob regência de Amilson Godoy, com participação especialíssima da bateria da Vila Isabel, no projeto Vivo Música — que já passou, neste ano, por Fortaleza e Belém, com apresentações de outras orquestras e artistas.
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— Graças a Deus estamos nos livrando desse “medo” de misturar as coisas. É tudo nosso, é tudo do Brasil. Os lugares, como museus e concertos, que antigamente eram para só um “tipo de gente”, estão ficando mais populares — afirma a artista.
— Quando falamos de uma Orquestra Sinfônica, temos o hábito de relacionar essa manifestação musical à música clássica. O requinte musical deve estar presente também na música popular — define Godoy, resumindo o conceito que estruturou a criação da sua orquestra, que já tocou com artistas como Milton Nascimento, Gilberto Gil, Rita Lee e Gal Costa.
No palco, quem abre os trabalhos é o grupo da escola mirim Herdeiros da Vila. Depois, entra a Orquestra, revisitando clássicos da bossa nova, de Tom Jobim a Baden Powell. Martinho e Mart’áalia alternam entre momentos solo com o conjunto (em que cantarão sucessos de suas carreiras) e alguns duetos, com direito a homenagem a Noel Rosa. Sobre o repertório, Mart’nália prefere manter a surpresa. Mas uma coisa é certa: tudo acaba em samba, com “Kizomba, raça negra”, tema da Vila Isabel composto por Martinho e vencedor do carnaval de 1988.
— O público carioca pode esperar muita alegria em família e boa música — promete a cantora.
Programe-se
Onde: Praia de Copacabana, altura do Posto 4. Quando: Sáb, às 18h. Quanto: Grátis. Classificação: Livre.
