Quem nunca dançou ao som de “Segura o tchan” que atire a primeira pedra. O grupo de pagode baiano liderado por Cumpadre Washington e Beto Jamaica, É o Tchan, fez muito sucesso nos anos 1990 e 2000 e segue sendo ouvido — e dançado — até hoje. Agora, para celebrar os 30 anos do conjunto, eles recebem um trio de convidados especiais. Os dançarinos de uma das formações clássicas do É o Tchan, Sheila Mello, Scheila Carvalho e Jacaré, também sobem ao palco no show do “Chá da Alice”, neste sábado (19), na Fundição Progresso, um dia depois de também se apresentarem em São Paulo.
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É O Tchan: onde estão os ex-integrantes do grupo?
O que não faltam são hits para embalar a noite. Estão no setlist, é claro, sucessos como "Pau que nasce torto", "Ralando o Tchan (dança do ventre)" e "A nova loira do Tchan", entre muitos outros. Mas, além dos hits que não deixam ninguém parado, será que você conhece a história do grupo? Relembre abaixo 5 momentos da carreira do É o Tchan, que começou como Gera Samba e já tocou até no Montreux Jazz Festival, na Suíça, um dos festivais mais importantes do mundo:
1. Grupo nasceu do Gera Samba
Antes do É o Tchan existir, o grupo formado por Beto Jamaica, Cumpadre Washington e cia se chamava Gera Samba. Criado em 1992 por dez artistas, o grupo teve a primeira grande cisão três anos depois, em 1995, com a saída de dois deles, que acabaram fundando o Terra Samba. Em 1996, o Gera Samba estourou no carnaval baiano com o hit "É o Tchan", mesmo nome do álbum lançado no ano anterior. O sucesso foi tamanho que, meses depois, com a saída de Beto Jamaica e Cumpadre Washington para alçar novos voos, esse foi o nome escolhido para o novo grupo fundado por eles.
2. Recordes
O álbum "É o Tchan" do Gera Samba ganhou, em 1996, o certificado de disco de platina duplo pelas mais de 500 mil cópias que haviam sido vendidas no Brasil. Em 2007, de acordo com a Associação Brasileira de Produtores de Disco (ABPD), o grupo É o Tchan atingiu a marca de 6 milhões de discos vendidos ao longo da carreira. Hoje, já são mais de 10 milhões de discos vendidos, entre 15 CDs e três DVDs.
3. A nova loira do Tchan
Em 1996, no palco do Domingão do Fustão, Sheila Mello foi eleita, com 62,9% dos votos, "a nova loira do Tchan". A dançarina, à época com 19 anos, disputava a vaga com Daniela Freitas em um concurso que teve 3.500 inscritas e parou o país. Scheila Carvalho também se tornou "a morena do Tchan" através de um concurso no Faustão, onde ganhou de 59,9% a 40,1% de Rosiane Pinheiro. Viviane Araújo também disputava a vaga e chegou até a semifinal.
4. Montreux Jazz Festival
Em 1997, no seu auge, o grupo baiano que misturava pagode com axé se apresentou no Montreux Jazz Festival, na Suíça — um dos maiores e mais conceituados festivais do mundo. Eles dividiram a noite com os conterrâneos Chico César e Jorge Ben Jor. Naquela mesma edição, também se apresentaram nomes como B.B. King, Eric Clapton e Supertramp, para citar só alguns. Entre artistas nacionais e internacionais, por lá também já passaram, em outras edições, Elis Regina, Nina Simone, Beth Carvalho, Ray Charles, Gilberto Gil, Etta James...
5. A 'volta ao mundo' do Tchan
Se nas músicas o grupo falava do Egito ("Ralando o Tchan (dança do ventre)"), do Japão ("Ariga Tchan"), do Havaí ("É o Tchan no Havaí")... nos clipes não poderia ser diferente. É o Tchan conseguiu criar clipes tão marcantes que se tornaram indissociáveis das suas músicas — que viajavam pelo mundo afora. O grupo também já foi para a selva ("Tchan na selva") e até para uma aldeia indígena ("Tribotchan"), em música que fala sobre a paixão de Pedro Álvares Cabral por uma "índia baiana". No clipe, Cabral é interpretado por Cumpadre Washington e, as mulheres indígenas, por Sheila Mello e Scheila Carvalho.