Teatro e dança
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Por — Rio de Janeiro

Uma “carpintaria teatral”. É assim que o diretor Eduardo Figueiredo define “O veneno do teatro”, que estreia hoje no Teatro Firjan Sesi Centro e marca o retorno de Osmar Prado aos palcos, após dez anos. Escrito nos anos 1970 após a ditadura de Franco na Espanha e já encenado em 62 países, o premiado texto do renomado dramaturgo espanhol Rodolf Sirera tem como pano de fundo a França de 1784 — em versão atemporal aqui, inspirada na Paris dos anos 1920.

Maurício Machado vive Gabriel, ator convidado por um marquês (Osmar Prado) a interpretar uma peça, escrita por ele, inspirada na morte de Sócrates. Ao longo da trama, a relação dos dois vira um jogo psicológico, e o aristocrata se revela um psicopata.

Para o que considera um “retorno triunfal”, Osmar conta ter feito um mergulho interno:

— É um texto magnífico, que mostra que o poder absoluto corrompe. Tive que buscar minhas psicopatias, que todos temos. Peguei minhas mazelas, podridões e qualidades, que o marquês também tem, e misturei tudo.

Segundo o diretor, o desafio da montagem — única já realizada com música ao vivo — foi manter o teor provocativo e de suspense do texto.

— Em um momento com tantas adversidades, em que o homem mostra sinais de retrocesso e barbárie, a obra de Sirera nos apresenta uma importante reflexão sobre civilidade, poder e até onde pode ir a crueldade — reflete.

Programe-se:

Onde: Teatro Firjan Sesi Centro. Quando: Qui e sex, às 19h. Sáb e dom, às 18h. Até 2 de junho. Estreia quinta, dia 2. Quanto: R$ 40. Classificação: 14 anos.

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