Apesar de recentes intenções de aplicar censura,
cancelamento
e banimento, em vez de contextualização histórica, a obras importantes como
“...E o vento levou”
(1939) e
“O nascimento de uma nação”
(filme de 1915 considerado criador da linguagem cinematográfica), além de produções cult como “Grease – Nos tempos da brilhantina” (1978), entre outros exemplos, "Tom & Jerry: o filme" acertou em não mudar sua tradicional estrutura narrativa para evitar desagradar a públicos mais suscetíveis. O centro da trama continua sendo o gato Tom tentando capturar o rato Jerry, sem medir consequências.
Nesta nova empreitada, quando Jerry se muda para o melhor hotel de Nova York na véspera do casamento do século, a gerência do local se vê obrigada a contratar Tom para se livrar do rato. A batalha dos dois ameaça destruir o tal casamento — e o hotel. Ao mesmo tempo, uma funcionária ambiciosa (Chloë Grace Moretz) entra no jogo na defesa de seus próprios interesses.
"Tom & Jerry" (no original) mistura com eficácia os personagens animados com os atores, resultando num filme divertido para toda a família. Para quem cresceu acompanhando a dupla, o projeto dirigido por Tim Story (da engraçada franquia “Policial em apuros”) incorpora várias características da série de longas e curtas-metragens criados por William Hanna e Joseph Barbera. E, para os mais ligados ainda na cultura pop, há pequenas pérolas que fazem referência aos personagens
Coringa
, Batman, Hannibal (de “O silêncio dos inocentes”) e Ethan Hunt (de “Missão Impossível”).
Além da nostalgia e das homenagens, o roteiro de Kevin Costello comenta temas edificantes como a importância de rivais trabalharem juntos em prol de um objetivo, a necessidade de dar uma chance a profissionais que não têm experiência no mercado de trabalho e o quanto um casamento é uma grande prova de fogo para um relacionamento.
Onde ver:
O filme foi lançado nos cinemas de todo o país.