RIO — Diante da nova realidade de isolamento social no mundo, que pode atingir pelo menos 1,7 bilhão de pessoas no mundo por conta da pandemia do novo coronavírus , a Nasa divulgou dicas para quem vive novas rotinas na terra baseado em estudos que proporcionaram a vivência de astronautas da Estação Espacial Internacional .
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O histórico de quase 20 anos de experiências exitosas no espaço sempre foi acompanhado de muitos estudos sobre o comportamento do ser humano, segundo informa a Nasa. A agência espacial americana buscou compreender como se dá o comportamento em grupos pequenos e isolados e definiu cinco habilidades que podem ajudar a enfrentar o confinamento: comunicação, liderança, cuidados pessoais e de equipe e vivência em grupo.
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A comunicação é, em si, algo fundamental em tempos de pandemia; segundo a Nasa, é importante que as pessoas escutem umas às outras e se façam compreensíveis em suas falas. É importante, ainda, estar aberto ao debate e refletir sobre conflitos e soluções, além de admitir quando está errado. É importante, ainda, compartilhar informações abertamente, bem como compartilhar seus sentimentos.
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No caso de grupos inteiros confinados, a convivência prolongada pode dar origem a desgastes e conflitos. Por isso, a premissa utilizada pelos astronautas é a de que as equipes precisam se adaptar a cada situação. Por isso, é natural que cada grupo tenha uma liderança — como pais ou mães no caso de famílias em quarentena. O líder deve representar uma influência positiva para estabelecer uma atmosfera de confiança. Para isso, transparência é fundamental.
A convivência, no entanto, não se sustenta sem cuidados com a própria saúde — algo exacerbado pela conjuntura do novo coronavírus. A Nasa orienta que cada astronauta confinado se atente à sua higiene e às atividades físicas, necessárias para manter a saúde em dia.
O primeiro passo é identificar suas forças e fraquezas para identificar e corrigir os principais erros. Muitos deles podem representar influências negativas no restante do grupo, pondera a agência espacial americana. Essa perspectiva dialoga diretamente com a quarta e a quinta habilidade, o cuidado e a vivência em grupo: os indivíduos confinados precisam estar alinhados psicologicamente, fisicamente e logisticamente para que não haja crises.
Afinal, o estresse e a falta de recursos e suprimentos são situações capazes de desestabilizar a todos; uma saída é estimular atividades em grupo para estreitar laços e desenvolver relações saudáveis. No caso de famílias, onde laços afetivos já existem, é uma oportunidade para fortalecê-los.