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SP autoriza retomada de cursos extra-curriculares e de aulas práticas do ensino superior

Escolas de idiomas e informática poderão voltar a funcionar em algumas cidades; no ensino superior, prioridade é para a área da saúde
Governador João Doria anuncia medidas de combate ao coronavírus no estado Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo
Governador João Doria anuncia medidas de combate ao coronavírus no estado Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

SÃO PAULO - O governo de São Paulo, João Doria, anunciou nesta segunda-feira a flexibilização para o retorno da educação complementar, que consiste de cursos de idomas, artes, informática, entre outros. Além disso, também serão autorizadas a retomada das atividades de cursos de ensino superior que exigem aulas presenciais, como Medicina, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia e Odontologia. Nesta segunda-feira,o governo também anunciou o início das inscrições de voluntários para o teste da vacina da indústria farmacêutica chinesa Sinovac.

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As instituições de ensino deverão obedecer a protocolos de segurança, como a presença máxima de 35% do número de alunos matriculados. A flexibilização só será autorizada nas cidades que permanecerem, no mínimo, por 14 dias na fase 3 (amarela) do plano de retomada de atividades no estado. Atualmente, a Região Metropolitana de São Paulo e a Baixada Santista estão na fase 3.

No caso da educação complementar, ela será autorizada já para as cidades que estão na fase 2 (laranja), mas apenas com 20% da capacidade prevista. Na fase 3, será permitida a presença de 40% dos estudantes matriculados.

— Nós temos um gargalo importante na área da saúde e dos cursos técnicos em que educação à distância não consegue dar conta de tudo. Nas disciplinas mais teóricas é possível trabalhar com educação à distância, mas o curso prático, o estágio supervisionado de um futuro médico, o internato de um médico, isso é fundamental para a formação. Se não tivermos esse ciclo funcionando, teremos um hiato de formação de profissionais da saúde — afirmou o secretário de educação, Rossieli Soares.

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Em relação à educação complementar, o governo de São Paulo foi enquadrado no setor de serviços, uma vez que não fazem parte da educação básica, profissional ou superior, e portanto, não é regulada pelos conselhos estadual e nacional de educação. A secretaria de Educação também considerou que, nesses cursos, os alunos não frequentam as aulas diariamente.

As aulas do ensino público estadual, por enquanto, ainda está prevista para o dia 8 de setembro. Nesta segunda-feira, o secretário Rossieli Soares afirmou que a pasta ainda está acompanhando a evolução das evidências científicas para definir questões específicas sobre o retorno das aulas, sobretudo em relação às crianças em que os pais já estão voltando ao trabalho.

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De acordo com o secretário, no retorno, cada rede poderá definir quais alunos irão retornar às aulas, possivelmente privilegiando os alunos dos anos finais. Na rede pública, afirmou, a expectativa é de que todos os alunos consigam ir à escola pelo menos uma vez por semana.

— Estamos acompanhando todo o movimento que a ciência vai ter que nos dar, inclusive de mais garantias sobre os riscos para as crianças, por exemplo — afirmou o secretário: — Enquanto não tivermos uma resposta mais clara que dê segurança tanto para as crianças, para os nossos profissionais e para a família, não podemos abrir, especialmente esta etapa.