Saúde
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Por O Globo — Rio de Janeiro

A foliculite é uma inflamação de pele que tem origem nos folículos pilosos, local onde os pelos nascem e se desenvolvem. O problema geralmente é causado por bactérias ou fungos, mas pode também ser provocado por um vírus ou por um pelo encravado. Normalmente, a foliculite se manifesta com pequenas espinhas vermelhas que causam sintomas de vermelhidão, coceira e sensibilidade na região.

A foliculite é grave?

A grande maioria dos casos é leve e melhora com alguns poucos cuidados da pele. No entanto, a médica da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) Ana Carolina Sumam explica que, em casos graves, o paciente deve procurar a orientação médica de um dermatologista.

— Normalmente, a inflamação do pelo se cura sozinha, mas casos mais graves e recorrentes merecem atenção e tratamento com um especialista, pois podem levar a perda permanente do pelo e cicatrizes.

Quais são os sintomas da foliculite?

Embora possa ocorrer em qualquer lugar do corpo em que haja pelos, a foliculite normalmente se manifesta na face, no couro cabeludo, nas axilas, nas coxas, nas nádegas e na virilha.

Os principais sintomas são:

  • Surgimento de pequenas espinhas vermelhas, com ou sem pus;
  • Vermelhidão e inflamação da pele;
  • Coceira e sensibilidade na região.

Embora seja raro, se a inflamação atingir áreas mais profundas da pele, pode haver a formação de furúnculos e, nesse caso, é recomendado que o paciente busque orientação médica. Os furúnculos podem ser percebidos por lesões elevadas com pus amarelado no meio, muita sensibilidade nas partes atingidas e, em alguns casos, dor intensa.

— Quando é um processo inflamatório mais profundo e que evolui para a formação de furúnculos, o paciente vai se queixar mais de dor. Já na foliculite mais superficial, o paciente vê apenas aquelas bolinhas — explica a professora da residência em dermatologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Natasha Crepaldi.

Qual o motivo de dar foliculite?

A inflamação nos folículos pilosos que provoca a foliculite geralmente é causada por uma bactéria ou um fungo, mas pode ser resultado também de um pelo encravado ou da ação de um vírus.

Algumas práticas podem deixar o folículo mais suscetível a uma infecção, como depilação, roupas muito apertadas e o uso de lâminas de barbear.

Doenças que diminuem a imunidade, acne, dermatite, lesões na pele por arranhões ou feridas cirúrgicas e sobrepeso também podem aumentar as chances da ocorrência da foliculite.

Quais são os tratamentos indicados para a foliculite?

Em casos leves, a foliculite pode desaparecer espontaneamente com alguns cuidados com a pele, como mantê-la hidratada e seca, além de evitar a depilação, o uso de lâminas de barbear e de roupas muito apertadas.

Se a foliculite for persistente ou recorrente, é recomendado que o paciente busque orientação médica de um dermatologista para realizar um tratamento farmacológico. Ele pode envolver antibióticos, em caso de infecção bacteriana, antifúngicos, em caso de infecção por fungos, e pomadas com corticoides.

Como prevenir a foliculite?

Existem alguns cuidados com a pele que podem evitar a infecção do pelo que causa a foliculite, destaca Crepaldi.

Evitar usar lâminas, procurar um método depilatório que irrite menos, evitar a roupa muito justa, evitar atrito e fazer a hidratação da pele com cremes que mantêm a barreira cutânea íntegra, se tiver probiótico na composição melhor ainda porque vai ajudar a manter a flora bacteriana da pele mais saudável.

Na hora de se barbear, é recomendado que se troque a lâmina pelo barbeador elétrico. Além disso, utilizar água morna durante o processo, fazer massagem nos pelos para que fiquem mais amolecidos, passar o barbeador sempre no sentido do crescimento dos pelos e, ao fim, passar um hidratante ajuda a evitar a foliculite.

No caso da depilação, a especialista recomenda que, se possível, a opção seja pela depilação a laser pois, como ele destrói o folículo piloso, a chance de inflamação é bem menor.

Fontes: Ministério da Saúde; médica da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Ana Carolina Sumam e professora da residência dermatologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Natasha Crepaldi.

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