Medicina
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Por O Globo — São Paulo

Nesta quinta-feira a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a importação e utilização do antiviral e da vacina Jynneos / Imvanex, o Ministério da Saúde confirmou que a estratégia, no início da campanha, é fornecer a vacina e o antiviral aos profissionais de saúde e os contatos de pessoas próximas a infectados com a varíola símia.

A vacina liberada para uso é produzida pela farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic. Segundo a decisão da Anvisa, ela poderá ser aplicada em adultos com 18 anos ou mais e tem validade de até 60 meses quando conservada entre -60 a -40°C. O esquema do imunizante é de duas doses, geralmente com intervalo de 28 dias entre elas. É a mesma utilizada nos países que já começaram a campanha para prevenir a infecção pelo vírus monkeypox, como na Europa e nos Estados Unidos.

As primeiras de um total de 50 mil doses da vacina negociadas pelo Brasil são esperadas para o próximo mês, como parte de um acordo com a Organização Pan-americana de Saúde (Opas) para distribuir o imunizante pelos países da América Latina. A estratégia do ministério envolve dar início à campanha com os profissionais de saúde e os contatos de pessoas próximas a infectados com a varíola símia. A OMS, no entanto, não orienta ainda a necessidade de uma vacinação em massa da população.

Para liberar o uso do imunizante pelo ministério sem a necessidade de registro, a Anvisa analisou o relatório de avaliação elaborado pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, além de informações da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e da Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA). Todas as instituições também deram o aval para aplicação da vacina nos últimos meses.

As primeiras de um total de 50 mil doses da vacina negociadas pelo Brasil são esperadas para o próximo mês, como parte de um acordo com a Organização Pan-americana de Saúde (Opas) para distribuir o imunizante pelos países da América Latina.

Antiviral

No começo de agosto, quando foi anunciado pelo Ministério da Saúde que o Brasil receberia lotes do antiviral Tecovirimat, o ministro da saúde, Marcelo Queiroga também afirmou que os primeiros “contemplados” seriam os “casos mais graves em um primeiro momento”.

O antiviral é um medicamento que trata três infecções causadas pelo vírus da mesma família (ortopoxvírus). Ele previne a varíola, a varíola dos macacos e a varíola bovina. Também é utilizado para tratar complicações que podem ocorrer após a vacinação contra a varíola.

A indicação da Anvisa é para tratamento de adultos, adolescentes e crianças com ao menos 13 kg e deve ser utilizado na fase inicial da infecção, ou seja, entre o primeiro e o quinto dia do aparecimento dos sintomas.

Isso porque a maior eficácia da fórmula é obtida quando a carga viral do vírus da varíola dos macacos está mais alta.

Durante o voto, a diretora relatora da Anvisa, Meiruze Freitas destacou que a agência tem trocado informações com autoridades de outros países que avaliaram o remédio, o que permitiu a rápida conclusão do processo de análise no Brasil.

Ela afirma que o acesso ao medicamento é importante especialmente para os pacientes com maiores riscos de desfechos mais graves da doença, como os imunossuprimidos.

A Anvisa também analisou pareceres da FDA e da EMA sobre a medicação, além da bula do remédio e dados da literatura científica. A agência acrescentou, no entanto, que, tanto em relação ao Tecovirimat, como à vacina, não há solicitações no Brasil para condução de ensaios clínicos.

Na última semana, o órgão já havia caminhado em direção a aprovação das terapias, simplificando o processo que permite a entrada e o uso da vacina e do medicamento no país mesmo sem registro.

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