Pesquisadores da Universidade McMaster e da Universidade de Guelph, ambas no Canadá, desenvolveram um novo teste para medir os níveis de ácidos graxos ômega 3 no sangue. O exame mais rápido e simples facilitará aos profissionais de saúde a obtenção de informações críticas sobre a saúde cardiovascular e cognitiva.
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O índice ômega-3 (O3I) é a soma do EPA e DHA encontrados nas membranas dos glóbulos vermelhos. Os níveis desse nutriente no corpo são um importante biomarcador de risco de doenças cardiovasculares, morte súbita cardíaca, inflamação e disfunção cognitiva, independente dos fatores de risco tradicionais. Entretanto, a medição atual é exige a coleta de uma grande quantidade de sangue e um trabalho laboratorial complicado e demorado.
“O teste para o O3I é um procedimento complicado, por isso não está rotineiramente disponível para triagem de pacientes, apesar do uso popular de suplementos e da evidência clínica promissora dos muitos benefícios para a saúde da nutrição ideal de ácidos graxos ômega-3”, disse Philip Britz-McKibbin, autor correspondente do estudo, em comunicado.
Isso faz com que a maioria dos médicos não peça esse exame de rotina. A expectativa é que isso mude com o novo teste.
Os ácidos graxos ômega-3 têm sido associados a benefícios à saúde, mas nossos corpos não produzem o suficiente naturalmente, por isso precisamos obtê-los através do que comemos. Dois ácidos graxos ômega-3 essenciais, o ácido eicosapentaenóico (EPA) e o ácido docosahexaenóico (DHA), só podem ser derivados de certas fontes, como peixes gordurosos e frutos do mar, alimentos enriquecidos e suplementos.
Em um estudo publicado recentemente na revista científica Journal of Lipid Research, voluntários receberam entre três e cinco gramas de suplementos de óleo de peixe, EPA ou DHA diariamente. Os pesquisadores realizaram perfis lipídicos para isolar biomarcadores O3I específicos entre centenas de lipídios circulantes detectáveis.
“Nosso teste pode fazer parte de um exame de sangue de rotina sem quaisquer requisitos especiais. Ao medir diretamente apenas dois biomarcadores específicos em uma amostra de sangue, podemos avaliar rapidamente o O3I sem protocolos de investigação de amostras demorados e caros antes da análise", afirma Britz-McKibbin.
O próximo passo é identificar um biomarcador na urina, o que eliminaria totalmente a necessidade de coleta de sangue.